Dybala já chegou na Juve prometendo bastante e brilhou na conquista da Supercopa
A temporada começou oficialmente na Itália como terminou: com a Juventus celebrando o seu domínio no país. A Velha Senhora viajou até Xangai para enfrentar a Lazio na Supercopa, e não decepcionou sua torcida. Em um jogo morno, os bianconeri fizeram a sua parte com a vitória por 2 a 0. E a decisão ficou a encargo dos principais reforços do clube no mercado: Mandzukic e Dybala anotaram os gols durante o segundo tempo. O argentino, sobretudo, é quem melhor demonstrou o seu potencial, ajudando a mudar a partida e garantir a vitória para o seu time. Um alento, depois de meses desanimadores para a Juve com as perdas de seus craques.
Ao longo do primeiro tempo, o jogo se arrastou. A Lazio sequer chutou a gol, enquanto a Juventus também não criou tanto perigo. O destaque ficou mesmo para a transmissão da televisão chinesa, que vacilava demais nos cortes de imagem e marcou errado até mesmo o tempo mostrado na tela. Já durante o segundo tempo, ao menos, houve futebol para que a bola chamasse mais a atenção. Mandzukic perdeu um gol feito logo na volta do intervalo, mas se redimiu ao desviar de cabeça o cruzamento perfeito de Sturaro e abrir o placar. Já na sequência, Pogba serviu Dybala , que fuzilou Marchetti e concluiu a vitória.
Sem Vidal e Pirlo, a Juve já encaminha a reconstrução de seu meio-campo. Marchisio e Sturaro podem não ter o talento dos antigos donos do setor, mas também possuem os seus méritos e ambos podem crescer. Além disso, Pogba assume mais o protagonismo, e já representou sua importância com uma boa atuação diante dos laziali. O problema maior será mesmo solucionar a ausência de Tevez. Mandzukic vem mais para servir de homem de referência, e fez o que se espera dele: gol decisivo, apesar da falha anterior. A lacuna fica para aquele que chama o jogo, criando e arrematando. Coman começou como titular, mas não agradou. Deixou o campo para a entrada de Dybala, que transformou a Velha Senhora.
É preciso ter calma com Dybala, diante de todas as expectativas que o cercam. O garoto de 21 anos chegou em um negócio disputadíssimo, com os bianconeri desembolsando € 32 milhões. Valeu o investimento por tudo o que jogou com o Palermo no último ano, mas, de fato, só fez uma temporada em alto nível na carreira – depois de estourar com o Instituto na segundona argentina. Possui qualidade técnica e capacidade ofensiva para evoluir ainda mais. Mas substituir Tevez é um fardo pesado demais para se colocar sobre o garoto.
Massimiliano Allegri demonstra ter experiência suficiente para preparar Dybala. Prova disso veio em sua própria decisão em mantê-lo no banco no início do jogo. Porém, nos 30 minutos em que esteve em campo, o novato pediu passagem para figurar no 11 inicial. Há muito a se trabalhar, ainda que, pelo início, o novo camisa 21 empolgue. Provavelmente não para suprir Tevez logo de cara, uma missão praticamente impossível. Mas para escrever a sua própria história em Turim e manter a Juve no topo, independentemente da reconstrução vivida atualmente.