Itália

Chiellini e Mancini projetam dificuldades para o próximo ciclo da seleção italiana: “O time precisa de apoio”

A seleção italiana deve passar por mais uma profunda renovação neste próximo ciclo de Copa do Mundo, após não se classificar para as últimas duas

O discurso em torno da seleção italiana era que o jogo da última quarta-feira contra a Argentina no Wembley, a Finalíssima entre os vencedores da Eurocopa e da Copa América, seria o fim de um ciclo para a tetracampeã mundial, e ele não terminou muito bem, com uma derrota categórica por 3 a 0. Segundo Giorgio Chiellini, que fez seu último jogo pelo time nacional, e o técnico Roberto Mancini, mais dificuldades virão pela frente.

A Itália ganhou apenas três jogos desde que derrotou a Inglaterra nos pênaltis, também em Wembley, na final da Euro 2020 (adiada por causa da pandemia), e não conseguiu vaga na Copa do Mundo pela segunda vez seguida, com três derrotas e quatro empates. Perdeu da Macedônia do Norte na semifinal da repescagem das Eliminatórias Europeias.

“A medalha de prata representa um jogo que não foi ganho, mas ao qual chegamos ao vencer o Campeonato Europeu e depois de três anos e meio de invencibilidade. Ainda é um bom momento da nossa carreira. Agradeço a todos esses caras que jogaram nesses quatro anos, mas há um grande pesar pela falta de classificação para a Copa do Mundo”, disse o técnico, garantindo que ainda tem “entusiasmo de sobra”.

“Mas também haverá momentos difíceis, como esta noite. Precisamos saber disso porque não será fácil. Teremos que ser rápidos para garantir que os novos jogadores aprendam rapidamente. Pode ser mais difícil de reconstruir porque temos rapazes jovens e alguns deles nem jogam na Serie A. Há jogadores na equipe desta noite que serão importantes e depois de recuperarem as forças voltarão a jogar bem como sempre fizeram”, completou.

Um dos maiores problemas da Itália tem sido o ataque. Nesses dez jogos desde a final da Eurocopa, houve sete em que marcou nenhuma ou apenas uma vez. A única goleada foi contra a Lituânia. Também marcou dois gols na Bélgica e três na Turquia. A linha ofensiva em Wembley teve Giacomo Raspadori, Federico Bernardeschi e Andrea Belotti, com Gianluca Scamacca saindo do banco de reservas.

“Depois da Eurocopa, tivemos dificuldades para fazer gols e temos que encontrar soluções nesse sentido. Temos que ser rápidos e não vai ser fácil colocar uma equipe que nos dê satisfações a curto prazo. Trabalhar bem e cometer o mínimo de erros possível”, diagnosticou Mancini.

O convidado de honra da ocasião, Giorgio Chiellini, em seu 117º e último jogo com a camisa da seleção italiana, também disse que a transição para a próxima equipe não será fácil. “Esperávamos ganhar um troféu, mas isso (a derrota) não cancela o que conquistamos no passado”, disse o zagueiro à emissora RAI. “Como disse na entrevista coletiva outro dia, espero um período difícil. Estamos olhando para uma troca de guarda e eu espero que todos na Itália possam apoiar este time porque ele precisará desse apoio”.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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