Premier League

West Ham complicou como se esperava, mas o Manchester City venceu mesmo assim

Em bom começo de temporada, o West Ham causou vários problemas ao campeão inglês, mas não evitou a derrota para o Manchester City

Depois de uma temporada fraca na Premier League, embora com título da Conference League, o West Ham começou a nova edição com 10 pontos em 12 possíveis e, como se esperava, deu trabalho para o Manchester City. Mas não conseguiu fazer o que quase ninguém consegue fazer: evitar a derrota. Com dois gols no segundo tempo, o atual tricampeão inglês venceu por 2 a 1 e se manteve como o único time com 100% de aproveitamento na elite da Inglaterra.

E isso porque Guardiola, famoso por trabalhar com elencos curtos, nem conseguiu preencher todo o seu banco de reservas por causa dos desfalques, que incluíram Kevin de Bruyne, Mateo Kovacic, Jack Grealish e John Stones.

City cai na armadilha do West Ham

O Manchester City terminou o primeiro tempo com 64% de posse de bola, mas durante um certo período, chegou a 80%. Ocupou quase completamente o campo de ataque, o que era a coisa mais óbvia do mundo no duelo entre um time que prioriza a posse de bola e outro que gosta de contra-atacar. Não foi um domínio tão prolífico assim, se nós esquecermos a defesa tripla de Alphonse Areola aos sete minutos.

O lance foi inacreditável. Começou em uma cobrança de escanteio pela esquerda. Rodri cabeceou de frente, Areola espalmou para o lado. Foden recolheu e soltou uma mistura de cruzamento e chute. Areola desviou. Rodri tentou novamente, mas carimbou Nayef Aguerd. Em seguida, Haaland desviou na boca do gol. Tomas Soucek salvou em cima da linha. Ainda houve uma nova cabeçada firme, de Rúben Dias, que Areola espalmou por cima do travessão.

Haaland teve uma grande chance na segunda trave, após cruzamento de Gvardiol, mas mandou para fora. O West Ham começou a respirar aos 16 minutos, com uma cobrança de escanteio fechada. Soucek desviou na primeira trave, Aguerd não conseguiu fazer o gesto do cabeceio.

A armadilha de enfrentar este West Ham é que tantas vezes ele parece acuado, mas precisa apenas de uma investida para causar danos. E aos 36 minutos, Doku errou um domínio no campo de ataque. A saída foi rápida pela direita. Vladimir Coufal avançou ao bico da grande área, sem ser realmente acompanhado pelo belga, e cruzou na medida para Ward-Prowse marcar de peixinho.

Cheio de goleiros na partida, Aguerd também cortou quase em cima da linha, o que foi possível porque Haaland apenas escorou na segunda trave o cruzamento rasteiro Josko Gvardiol, sem tanta força.

Haaland enfim vence Areola

Doku redimiu-se do erro assim que o segundo tempo começou. Recebeu de Álvarez em velocidade pela esquerda, entrou na área e bateu colocado para empatar. O City intensificou a sua pressão. Álvarez cobrou falta no travessão, e Haaland, com uma acrobacia pelo alto, exigiu linda defesa de Areola – aparentemente, o segredo para parar o centroavante mais produtivo do mundo.

O West Ham conseguiu ameaçar novamente, aos 15 minutos, quando Antonio recebeu na intermediária e soltou com Emerson Palmieri. O lateral esquerdo invadiu pelo meio e tocou cruzado na saída de Ederson, muito bem pressionado por Manuel Akanji, que conseguiu o desvio. Na cobrança de escanteio, o goleiro brasileiro fez linda defesa em cabeçada de Kurt Zouma.

Areola continuou se destacando com uma intervenção importante contra a batida colocada de Gvardiol da entrada da área, mas não poderia fazer muita coisa no gol da virada. Bernardo trabalhou com Álvarez, que soltou a cavadinha. Aguerd errou o tempo da cabeçada e bastou ao meia português um toque na saída do goleiro. Haaland apareceu em cima da linha para conferir, mas deixou a bola passar para não roubar o gol do companheiro.

O seu, porém, não estava mesmo saindo. Walker deu um pique fantástico aos 37 minutos do segundo tempo para quem já tem 33 anos antes de cruzar ao meio da área, onde Haaland chegou batendo de primeira, para outra linda defesa de Areola.

O problema dos duelos entre centroavantes e goleiros é que o primeiro tem que vencer o segundo apenas uma vez para sair por cima. E, finalmente, aos 42, Haaland recebeu de Bernardo em contra-ataque, dominou, ajeitou e soltou o foguete cruzado para fechar a vitória do City.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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