Paquetá fez um golaço, mas o Liverpool foi sólido o bastante para virar e continuar sonhando
São três vitórias seguidas para os Reds, se consolidando nas vagas das outras competições europeias, mas ainda longe da Champions
O West Ham está na luta contra o rebaixamento, mas havia dado bons sinais nas últimas semanas. E, em casa, chegou a abrir o placar com um golaço de Lucas Paquetá. Sem nem precisar forçar muito, porém, o Liverpool teve uma atuação sólida o suficiente para virar o jogo e continuar sonhando com a aproximação à zona de classificação à Champions League.
Entrar de vez na briga está distante. O alvo é o Newcastle, momentaneamente em terceiro lugar, com 59 pontos, em 31 jogos. O Liverpool, em sexto, tem 53 em 32 rodadas. Pode ultrapassar o Aston Villa, caso vença o outro jogo que está devendo, mas ainda pode ser superado pelo Brighton, quatro pontos atrás e com dois duelos a menos. É difícil saber exatamente a posição de qualquer um com uma tabela tão bagunçada, mas os Reds estão se consolidando para pelo menos disputar alguma competição europeia.
Entrar no G4 dependerá de duas coisas bem difíceis. Vencer todos os últimos seis jogos é a parte menos complicada porque quatro deles são em Anfield e o único adversário do Big Six é o Tottenham, em profunda crise. O Liverpool ainda enfrentará Fulham, Brentford, Leicester, Aston Villa e Southampton. A segunda é mais improvável porque Manchester United ou Newcastle terão que vacilar bastante para permitir a aproximação.
Jürgen Klopp está tentando dar sequência ao seu novo ataque, com Diogo Jota pela esquerda, Cody Gakpo pelo meio e Mohamed Salah à direita. Curtis Jones seguiu no meio-campo, ao lado de Fabinho e Jordan Henderson, e Joel Matip foi a dupla de Van Dijk. Lucas Paquetá começou jogando na formação habitual de David Moyes, protegido por Declan Rice e Tomas Soucek e com velozes pontas ao seu lado, e abriu o placar com um baita de um golaço.
O brasileiro avançou pela esquerda, tabelou com Michail Antonio, recebeu de volta, cortou para dentro, fez uma nova tabela com o centroavante do West Ham e, de primeira, soltou a perna direita de fora da área, com muita força, para superar Alisson. Era tudo que um time que gosta de contra-ataque e ligação direta queria, mas o Liverpool não demorou para empatar. Gakpo recebeu de Alexander-Arnold, bem centralizado em sua nova função, dominou e bateu cruzado de perna direita, no cantinho.
Com mais tranquilidade, o Liverpool começou a assumir as rédeas do jogo. A pressão gerou uma boa chance para Diogo Jota, pela esquerda da área, mas o português mandou por cima. Ele também teve uma oportunidade por cima, mas não conseguiu alcançar a bola. O West Ham seguia ameaçando quando encaixava uma boa transição e quase fez o segundo, aos 41 minutos. O cruzamento de Saïd Benrahma encontraria Antonio na segunda trave. Van Dijk chegou antes e deu um toquinho para escanteio.
Os visitantes levaram um susto no começo da etapa final. Bowen escapou pela esquerda em contra-ataque, nas costas de Robertson, entrou na área e superou a tentativa de bloqueio de Van Dijk com um chute forte na lateral da rede. Estava impedido. O Liverpool respondeu com uma batida perigosa de Alexander-Arnold de fora da área e, em um escanteio, Lukasz Fabianski fez uma defesa milagrosa, em cima da linha, após Matip pegar o rebote do seu próprio cabeceio à queima-roupa.
Logo no escanteio seguinte, Matip apareceu na primeira trave e cabeceou com muita firmeza para virar o jogo para o Liverpool. O West Ham ameaçou um pouco, especialmente com Bowen – que teve uma situação clara, mas chutou fraco -, mas o Liverpool, enfim, soube administrar a vantagem e selou a vitória.
West Ham
Liverpool
