O Tottenham pelo menos mostrou o poder de reação que vinha lhe faltando ao buscar o empate contra o United
O resultado não é ótimo para nenhum dos dois, mas melhor ao United que se mantém firme no G4

O Manchester United perdeu uma chance de ouro de se consolidar no G4 do Campeonato Inglês nesta quinta-feira porque não conseguiu matar o jogo contra um Tottenham que parecia abatido. No segundo tempo, sob o comando do segundo interino da temporada, os Spurs reagiram e conseguiram buscar o empate por 2 a 2 no norte de Londres para não abandonar de vez o seu próprio sonho de garantir vaga na Champions League.
O United ainda pode assumir a terceira colocação à frente do Newcastle se vencer o jogo que tem menos. A tabela da Premier League ainda está extremamente bagunçada. O mais próximo na prática é o Brighton, que pode ficar a oito pontos quando igualar o número de rodadas. Por esse mesmo critério, o Liverpool pode ficar a 10, o Aston Villa e o Tottenham, a 12. A gordura ainda é ótima, entrando na reta final do campeonato, mas a partida se desenhou como uma oportunidade para ampliá-la.
O empate ao Tottenham valeu mais pelo moral do que pela tabela. Continua longe demais do quarto lugar (que seria o Newcastle, 11 pontos à frente) e não tem muito lastro para se imaginar que dará uma arrancada nos cinco jogos que lhe restam. Mas pelo menos mostrou força de vontade, depois de um péssimo primeiro tempo, cuja ausência foi objeto de uma das maiores críticas de Antonio Conte e de todo mundo na última rodada quando levou cinco gols do Newcastle em 21 minutos.
Ryan Mason, o interino que substituiu o interino anterior, Christian Stellini, retornou ao esquema com três zagueiros que havia sido abandonado no vexame do fim de semana, com Richarlison se juntando a Son e Harry Kane no ataque. Marcus Rashford continuou como titular do Manchester United, e Erik ten Hag deu mais uma chance para Jadon Sancho, que, desta vez, retribuiu a confiança imediatamente: logo aos sete minutos, recebeu de Rashford pela direita, levou à perna direita e bateu firme para fazer 1 a 0.
O Manchester United estava criando muitas chances em transição, e isso contribuiu para o bom primeiro tempo de Sancho porque foi exatamente nessa estrutura que ele brilhou pelo Borussia Dortmund. Ele teve outra grande oportunidade, aos 18 minutos, após receber de Bruno Fernandes pela esquerda. Carimbou a defesa e depois conseguiu superar Fraser Foster no rebote, mas Clément Lenglet tirou em cima da linha.
Depois de girar na intermediária, Fernandes bateu de fora da área, para boa defesa de Foster. O Tottenham conseguiu responder na bola parada, com uma cabeçada de Perisic desviada por De Gea ao travessão. Mas o United seguia no controle. Rashford exigiu uma boa defesa de Foster com um chute forte, novamente pela esquerda. Perisic fez o mesmo com De Gea, e, imediatamente depois, Fernandes deu um lindo lançamento para Rashford. O atacante inglês dominou, colocou na frente contra Dier e bateu forte para ampliar.
O Tottenham conseguiu encontrar um gol no começo da etapa final para descontar. Kane carimbou Luke Shaw na boca do gol, e Pedro Porro dominou com a esquerda antes de emendar o chute com a direita, no ângulo. A resposta foi quase mais bonita. Fernandes foi encontrado por Eriksen na entrada da área, deu uma caneta para ficar cara a cara com Foster, mas se empolgou na hora da finalização por cima e acertou o travessão. No rebote, Wan-Bissaka cabeceou fraco, e Foster espalmou para escanteio.
Aproximadamente aos 20 minutos, Harry Kane começou a assumir mais as funções de camisa 10. Encontrou Son em liberdade pela esquerda da área, mas o chute foi para fora, depois acionou Kulusevski para uma finalização cruzada. Dier teve uma oportunidade de ouro para empatar, completamente sozinho na pequena área após cruzamento de Perisic, mas mandou para fora. Aos 34 minutos, Kane recebeu na intermediária e deu um passe perfeito à outra trave, onde Son apareceu sozinho para mandar às redes.
O Manchester United pressionou nos minutos finais, mas não conseguiu criar tanta coisa, com uma cabeçada de Casemiro, bem próxima do ângulo, sendo a melhor chance.
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