Premier League

Numa noite desastrosa de sua defesa, o Chelsea ainda buscou o dramático empate contra o West Brom

O Chelsea fez uma série de contratações relevantes para a temporada, mas os principais investimentos se concentraram no ataque. Mesmo com novos nomes à defesa, a impressão de uma equipe desbalanceada prevalece. E o sábado serviu para reafirmar como Frank Lampard terá um desafio na montagem de um time equilibrado. Em 45 minutos iniciais calamitosos, os Blues permitiram que o recém-promovido West Bromwich abrisse três gols de vantagem em The Hawthorns. Os jovens do ataque comandaram a reação e buscaram o empate por 3 a 3, nos acréscimos. E desta vez não tem nem como colocar a culpa em Kepa Arrizabalaga.

Willy Caballero atuou como titular na meta do Chelsea, sem a estreia de Édouard Mendy. Quem fazia sua primeira partida na Premier League era Thiago Silva, até usando a braçadeira de capitão, após atuar na Copa da Liga. Timo Werner e Kai Havertz eram outros recém-contratados que apareciam no time titular. Mas não foram eles a intimidar o West Brom, que precisou de quatro minutos para abrir o placar. Matheus Pereira fez boa jogada da direita para o meio e encontrou Callum Robinson com espaço na esquerda. Sem ser incomodado, o atacante bateu cruzado e marcou.

O Chelsea até parecia não ter sentido o gol. Os Blues foram melhores na sequência partida e tinha uma boa fonte de jogadas pela direita, com Reece James. Tammy Abraham perdeu uma ótima chance na pequena área após assistência do lateral e Timo Werner ainda acertou o travessão pouco depois. Havertz era outro a aparecer ativamente na frente. Mas bastou um vacilo para o West Brom ampliar, aos 25. E a cortesia foi de Thiago Silva: o capitão escorregou e deixou o caminho aberto para Robinson. O atacante arrancou livre e tocou na saída de Caballero. Pois ficaria pior, com o terceiro gol aos 27.

Foi outro apagão do Chelsea. Matheus Pereira cobrou escanteio pela esquerda e Darnell Furlong nem precisou saltar para fazer o desvio no meio da área. Totalmente livre, Kyle Bartley completou na pequena área. Todas as três finalizações do West Brom até então tinham se transformado em gol. E, nos três lances, o problema não foi o goleiro dos Blues. Os londrinos seguiriam apostando nos cruzamentos pela direita, mas sem reação antes do intervalo, neutralizados pela zaga adversária.

Para o segundo tempo, Lampard mandou a campo César Azpilicueta e Callum Hudson-Odoi. O Chelsea ganhou força ofensiva e começou a diminuir a diferença aos 10 minutos. Mason Mount encontrou a brecha na intermediária e arriscou o chute, acertando o canto do goleiro Sam Johnstone. A pressão dos Blues continuaria, desta vez encontrando fragilidades pelo lado direito da defesa adversária. E seria por lá que o segundo gol surgiu, numa ótima tabela entre Havertz e Hudson-Odoi, que o substituto concluiu às redes.

A partir de então, o jogo ficou no limite. O Chelsea seguia em cima, mesmo sem criar tantas oportunidades, enquanto o West Brom não conseguia muito nos contra-ataques, lamentando um pouco mais o chute de Romaine Sawyers que saiu ao lado da trave. A persistência dos Blues, assim, precisou durar até os acréscimos do segundo tempo. Outro chute de Mount faria a diferença, desta vez para defesa parcial de Johnstone. No rebote, Abraham estava no lugar certo para completar. Ainda houve a reclamação por um toque de mão de Havertz na construção do lance, mas nada marcado pela arbitragem. Apesar dos minutos restantes no relógio, a virada não seria possível.

O Chelsea soma quatro pontos em três jogos, um início de campanha aquém ao que se esperava dos Blues na Premier League. Apesar disso, com as partidas adiadas e as que ainda não aconteceram pela rodada, o time ocupa o sexto lugar. Já o West Brom soma o seu primeiro ponto nesta volta à primeira divisão, depois de duas derrotas consecutivas. Os Baggies souberam punir os erros dos oponentes.

West Brom x Chelsea (Fonte: WhoScored)
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Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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