Nottingham Forest segue passos do Everton e corre sérios riscos de ser punido por violar Fair Play Financeiro
Nottingham Forest teria superado o limite máximo de 105 milhões de libras de balanço negativo em um período de três anos
Com duas vitórias seguidas nos dois últimos compromissos de Premier League, o Nottingham Forest pode ver o bom momento recente ser destruído por uma punição que afetará diretamente as suas contas na tabela. É que, segundo adianta o jornal britânico “The Times”, o time comandado pelo técnico português Nuno Espírito Santo corre sérios riscos de ser o próximo a ser penalizado por conta do Fair Play Financeiro, seguindo assim os passos do Everton, castigado com a subtração de 10 pontos na classificação do certame.
Em investigação está o investimento do Forest na temporada passada. O clube contratou 43 jogadores após a conquista da Championship e consequente promoção à Premier League, o que poderá ter superado o limite máximo de 105 milhões de libras de balanço negativo no período de três anos. A instituição insiste que não violou as regras e teria contratado um advogado de elite para defender sua causa. No entanto, de acordo com a imprensa inglesa, são grandes as chances da equipe sofrer a punição.
Os 20 clubes participantes da Premier League 2023-24 deverão apresentar as contas da última temporada antes de 31 de dezembro (já passou). Dito isso, as cobranças seriam anunciadas muito rapidamente: antes de 14 de janeiro. Como citado, o Nottingham Forest é a equipe que corre mais riscos em virtude dos elevados gastos que realizou desde a promoção à elite do futebol inglês. Além do bicampeão europeu, o Everton está mais uma vez na mira das investigações.
Vale lembrar que com a dedução de 10 pontos em meados de novembro, os Toffees caíram do 14º lugar na tabela para vice-lanterna (19º). Atualmente, o clube de Liverpool ocupa a 17ª colocação, com 16 pontos conquistados, um à frente do Luton Town, primeiro time da zona de rebaixamento.
Limite de gastos
Com o tema “punição por Fair Play Financeiro” em alta, a pergunta que fica no ar é: quanto os clubes podem gastar na Inglaterra? Ou melhor… Até quanto eles podem perder? O principal é evitar déficits superiores a 105 milhões de libras dentro de um período de três anos. No caso do Everton, por exemplo, o tribunal responsável pelo julgamento da pauta determinou que as perdas até 2021/22 chegaram a 124,5 milhões, quase 20 milhões acima da margem permitida. Por tal razão eles foram sancionados.
Em relação a um clube recém promovido de categorias inferiores, como a Championship (segunda divisão inglesa), a margem é menor. E embora a ascensão à Premier League tenha aumentado o volume de negócios do Nottingham Forest, o clube não respeitou as determinações financeiras da liga. Investiram 195 milhões no mercado em 2022-23 e receberam apenas 5 em vendas. Na atual temporada (2023-24), o déficit é de -50 milhões de euros.
Caso do Manchester City é diferente
Outro questionamento que paira no imaginário do fã de Premier League é: por que o Everton foi penalizado tão rapidamente e o Manchester City, dono de 115 infrações, ainda não sofreu retaliações? Bom, os novos regulamentos foram criados para gerenciarem “violações únicas ou simples das regras financeiras”. O caso dos Citizens é considerado bem mais complexo e levará tempo. O julgamento do caso, previsto para ocorrer no outono de 2024, será a maior audiência da história da liga.