Premier League

Newcastle pode ter que vender um dos melhores jogadores do elenco após prejuízo superior a 70 milhões de libras

Nas últimas três temporadas, o Newcastle teve uma perda de 155 milhões de librar, valor superior os 105 milhões da PSR

O Newcastle pode ter que vender um de seus melhores jogadores do elenco nesta janela, ao mesmo tempo em que luta para regularizar as contas com o sistema de sustentabilidade da Premier League. Os Magpies tiveram uma perda 155 milhões de libras nas últimas três temporadas, valor superior ao limite de 105 milhões estabelecidos pela PSR (sigla em inglês para regras de rentabilidade e sustentabilidade).

Segundo o balanço, só de impostos as perdas do Newcastle representaram cerca de 73,4 milhões de libras (aproximadamente R$ 454 milhões) no ano fiscal, que foi encerrado em junho de 2023.

– Estamos em conformidade (com a lei) – rebateu Darren Eales, presidente-executivo do Newcastle, ao jornal The Guardian, sem descartar a possibilidade de ter que “trocar” Bruno Guimarães, Alexander Isak ou Sven Botman para saldar o déficit.

– Se quisermos chegar onde queremos, às vezes é necessário trocar jogadores. É uma parte contraintuitiva do sistema PSR, que haja um incentivo para negociar jogadores se você quiser reinvestir – afirmou o mandatário ao jornal inglês.

Newcastle pode ter que adotar espécie de “pedalada fiscal”

Na explicação do presidente, se o time quisesse vender um jogador por 50 milhões de libras, isso contaria como lucro no ano, mas, se ele comprasse um novo jogador titular pelos mesmos 50 milhões, o custo poderia ser distribuído por cinco temporadas. Ou seja, uma venda graúda poderia colaborar para deixar as contas do time no azul, uma vez que dívida da compra de outro atleta seria diluída em cinco anos. Uma espécie de “pedalada fiscal” para não cair na malha fina da PSR.

– Sempre conhecemos as regras (financeiras) do jogo e sempre teremos reclamação. Mas se você está tentando ter uma mobilidade ascendente, isso se torna um grande desafio. Será que nós (a Premier League) acertamos nesse equilíbrio de permitir que os clubes sejam competitivos e ainda assim protegê-los de falir ou gastar demais? – refletiu.

Por outro lado, o valor de compra e venda de jogadores tem um teto estabelecido pela liga inglesa, ou seja, o Newcastle vai ter que aprender a maximizar a sua renda de outras formas. De certa forma, a gestão de Eales já tem aumentado os lucros, como aconteceu com o crescimento de quase 40% no faturamento, além de 66% em acordos comerciais, com valor equivalente a 43,9 milhões de libras (mais de R$ 306 milhões).

Apesar do fortalecimento considerável do elenco na última temporada, a relação entre salários e rotatividade do Newcastle foi para 74,1%, para 94,6% no ano fiscal. Vale ressaltar que, no entendimento do clube, o dinheiro investido na equipe feminina, em sua fundação de caridade e no CT pode ser removido do déficit, o que já deixaria o Newcastle do lado “certo” da lei.

– Queremos ser um dos seis clubes mais sustentáveis (da Premier League). As contas mais recentes do Tottenham mostram 440 milhões de libras (em faturamento), estamos com 250 milhões de libras, então é um grande passo. Porém, o Manchester City está em 710 milhões de libras. Há um longo caminho a percorrer – ponderou o executivo.

Atualmente os Magpies ocupam o 9º lugar Campeonato Inglês, a 11 pontos dos quatro primeiros colocados da tabela, mas ainda sonham com uma vaga na Liga Europa.

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