Premier League

Manchester United sofreu mais do que o esperado e teve que arrancar empate com Burnley nos acréscimos

O Burnley surpreendeu o Manchester United no estádio Old Trafford na rodada do Boxing Day. Mesmo fora de casa, o time que tem na defesa a sua grande virtude abriu 2 a 0 no primeiro tempo e viu o Manchester United ter que pressionar muito para arrancar, de forma muito sofrida, o empate por 2 a 2. Um jogo que foi praticamente ataque contra defesa terminou com o placar igualado e, apesar de sofrer o gol no final, é um ponto que o time visitante pode comemorar.

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O estádio Old Trafford, o teatro dos sonhos, viu uma surpresa logo nos primeiros minutos. Depois de um bate rebate dentro da área, Ashley Barnes aproveitou a bola pipocando na área e encheu o pé para marcar 1 a 0 para os visitantes. Uma surpresa que, certamente, deixaria o jogo complicado para o United.

O gol logo no começo do jogo complicou muito o jogo para a equipe de José Mourinho. E olha que o time estava armado para atacar e criar problemas ao Burnley, mas a bem armada defesa do time de Sean Dyche mostrou novamente sua cara.

O United foi para cima desde o início. Tentava aproveitar a presença de dois jogadores da altura de Ibrahimovic e Lukaku para alçar muitas bolas na área. O time foi criando chances e mais chances. Lingard, por exemplo, fez uma boa jogada, driblando a marcação e finalizando, mas o zagueiro Ben Mee, em cima da linha tirou.

Aos 36 minutos, outra surpresa em Old Trafford. Steven Defour cobrou uma falta com perfeição, no ângulo, e marcou 2 a 0 para o Burnley. Fora de casa, o time arrancava dois gols. Uma baita ducha de água fria nos Red Devils – e olha que Manchester no inverno é uma cidade muito fria, com 4 graus marcados nos termômetros.

Apesar de rondar a área do Burnley, o time sofria com a falta de variação de jogo. Pogba tentou assumir o jogo e, depois de um lateral, girou sobre a marcação e soltou um chute forte, que passou muito perto, mas foi fora. O placar no intervalo ficou mesmo em 2 a 0 para o Burnely.

Como era de se esperar, o Manchester United voltou com toda a carga no segundo tempo. Duas substituições foram feitas: saíram Marcos Rojo e Zlatan Ibrahimovic e entraram Jesse Lingard e Henrikh Mkhitaryan.  O time, claro, se tornou muito mais ofensivo e com um zagueiro a menos, foi Matic que se deslocou para a posição. Normal: o time não sofria ataques e Mourinho sabia que não seriam necessários dois zagueiros lá atrás.

Foi um dos substitutos que descontou. Ashley Young cruzou rasteiro da direita e Lingard tocou de letra para marcar, aos oito minutos. Com cerca de quarenta minutos pela frente, o United atuava inteiramente no campo de ataque, o tempo todo. O Burnley se posicionava para tentar bloquear todas as tentativas dos mandantes.

O gol animou o United, que seguia trabalhando a bola para tentar o gol de empate. A partida do time não era boa, mas a essa altura, a questão era arrancar o empate, fosse como fosse. Contra um time enfiado no seu campo e defendendo com unhas e dentes, o United partiu para o abafa, o que foi transformando os últimos minutos em um caos.

Aos 45 minutos do segundo tempo, já com os cinco minutos de acréscimos anunciados no Old Trafford, o empate veio. Em uma bola cruzada da direita, sobrou para Lingard chutar no canto e marcar o seu segundo no jogo, empatando o confronto. Um fio de esperança para os torcedores nos acréscimos.

Na última rodada, o time tinha saído atrás no placar, virou o jogo e sofreu o empate nos acréscimos. Desta vez, saiu mais atrás ainda, com dois gols de desvantagem, e precisou sofrer muito para arrancar o empate. O resultado é frustrante, mas a sensação é diferente. O time criou, pressionou e lutou o tempo todo, mas a incompetência na hora de decidir as jogadas ainda é um problema sério do time.

Houve evolução do Manchester United em relação à temporada passada, mas o time ainda tem um problema comum: é um time que desperdiça muitas chances de marcar e, também empata demais, sendo o segundo uma das consequências do primeiro. Na classificação, a diferença para o líder Manchester City pode aumentar mais – está em 12, mas o rival ainda joga na rodada.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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