Liverpool ganhou apertado (e meio feio), mas manteve a recuperação, com a quinta vitória seguida
Os Reds vão se consolidando em quinto lugar, mas ainda dependem de muitos tropeços de Newcastle e United para sonhar com Champions

Um gol de pênalti de Mohamed Salah foi o único nesta quarta-feira em Anfield e valeu ao Liverpool a vitória por 1 a 0 sobre o Fulham. Se não foi a atuação mais fluída e espetacular que a torcida vermelha viu na vida, serviu para manter a recuperação dos homens de Jürgen Klopp, que agora ganharam as últimas cinco rodadas e estão invictos há sete. Estão se consolidando em quinto lugar, à espera de uma derrocada improvável de Newcastle ou Manchester United para sonhar com uma ainda muito difícil vaga na próxima Champions League.
O Liverpool abriu cinco pontos para o sexto colocado Tottenham e para o sétimo Aston Villa. O Brighton aparece em oitavo, sete pontos atrás, mas com três jogos a menos e pode ultrapassá-lo. À sua frente, o Manchester United tem quatro pontos de vantagem que podem virar 10 quando as rodadas forem igualadas, e o Newcastle, seis que podem virar nove. A tabela dos Reds não é a mais difícil, mas ainda precisariam que os seus adversários tropeçassem em quase todos os jogos restantes para entrar no G4 – e nenhum deles tá tantos sinais de fraqueza assim.
De qualquer maneira, como disse Klopp, era importante utilizar esta reta final de temporada para pelo menos recuperar o ritmo para a próxima temporada e tentar carregar o embalo, depois de muitas oscilações e uma falta de consistência que apenas agora começa a ser revertida. Esses sete jogos compõem a maior sequência invicta desde o começo da campanha e, contra o Fulham, o Liverpool mostrou que consegue vencer mesmo sem jogar muito bem.
O Liverpool perdeu Thiago pelo restante da temporada, após mais uma lesão séria do meia espanhol. Jürgen Klopp deu a Luis Díaz seu segundo jogo seguido desde o começo pela Premier League e descansou Andrew Robertson. Kostas Tsimikas começou na lateral esquerda, e Darwin Núñez voltou a ser titular como centroavante. O Fulham perdeu Andreas Pereira até o fim do campeonato e ainda tem Aleksandr Mitrovic cumprindo suspensão. Willian era dúvida, mas acabou jogando.
Ex-jogador dos Reds, Harry Wilson recebeu um bom lançamento pela direita da grande área e buscou o cruzamento rasteiro para Carlos Vinícius, que fechava na segunda trave. Van Dijk conseguiu um corte importante, logo aos cinco minutos. Os donos da casa foram dominantes em Anfield, com Alexander-Arnold novamente muito livre para entrar pelo meio, como aos 10, quando recebeu o passe de Salah e bateu cruzado, bem perto da trave.
Alisson, porém, precisou trabalhar muito bem após um ótimo passe do zagueiro Adarabioyo encontrar Vinícius entre Van Dijk e Konaté. O brasileiro dominou, girou e bateu com força. Alisson espalmou para escanteio. Salah recebeu ótimo passe de Arnold, tirou Diop com habilidade e, sem ângulo, tentou bater colocado, mas não gerou tanto efeito. Díaz também teve uma boa chance, mas os espaços eram um pouco escassos, até Diop dar uma mãozinha.
Ele recebeu na entrada da área, no meio da saída de bola, e ainda é difícil entender o que aconteceu. Fato é que, pressionado por Núñez, se complicou todo e na hora de afastar acabou acertando o uruguaio por baixo. Salah encheu o pé no meio e abriu o placar aos Reds. Após um primeiro tempo razoável, porém, o Liverpool baixou o ritmo na etapa final e correu alguns riscos.
Ofensivamente, mesmo após as entradas de Andrew Robertson e Cody Gakpo, pouca coisa funcionou. A defesa pelo menos segurou a barra, mas ainda permitiu duas chances muito boas do Fulham, que teve mais posse de bola, ameaçou, mas também finalizou apenas duas vezes nos últimos 40 minutos. É que ambas foram perigosas. Willian e Carlos Vinícius trabalharam bem, e o centroavante brasileiro conseguiu aparecer na cara de Alisson. Tentou um toque na saída do compatriota, que abandonou o gol para abafar e fez uma grande defesa.
Nos acréscimos, Daniel James surgiu com muita liberdade na ponta esquerda e cruzou rasteiro. Bobby Reid tentou se antecipar para finalizar, mas, pressionado por Van Dijk, mandou por cima do travessão, e o Liverpool pôde comemorar uma vitória apertada e meio feia, mas que ainda vale três pontos e mantém o seu embalo.
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