Liverpool busca empate contra o Tottenham, mas abre a porta para City se distanciar

Tanto Jürgen Klopp quanto Pep Guardiola deixaram claro que seus times precisariam vencer todos os jogos até o fim do Campeonato Inglês para conquistar o título, mas o Liverpool não conseguiu. Neste sábado, enfrentou a muralha defensiva do Tottenham em Anfield, saiu atrás e até conseguiu buscar o empate por 1 a 1, mas o tropeço abre a porta para o Manchester City se distanciar na liderança da Premier League.

O ponto até leva o Liverpool à liderança da tabela, com os mesmos 83 pontos do Manchester City e vantagem no saldo de gols (44 x 43), mas o City receberá o Newcastle no próximo domingo com a chance de abrir três pontos, a apenas três rodadas do fim do campeonato. Apesar de valioso, o empate também não serve muito ao Tottenham, agora um ponto atrás do quarto colocado Arsenal, e com um jogo a mais. O dérbi do norte de Londres será na próxima quinta-feira.

Jürgen Klopp usou o seu time titular completo, com o trio de ataque formado por Salah, Mané e Luis Díaz, e Ibrahima Konaté na defesa ao lado de Van Dijk. O Tottenham repetiu dez dos 11 iniciais que venceram o Leicester no último fim de semana, com apenas uma mudança: Dejan Kuluseveski no lugar de Lucas Moura. A dinâmica do jogo rapidamente ficou clara. O Liverpool ocupava o campo de ataque e quando perdia a bola pressionava para recuperá-la rapidamente. Quando conseguia escapar dessa pressão, os Spurs avançavam em transição com muitos jogadores e levavam perigo.

Como aos seis minutos, quando Alisson interceptou o cruzamento de Kane que buscava Son e depois defendeu a tentativa de Kulusevski. Ou aos 13 minutos, com Kane em boa posição pela esquerda, antes de ter seu chute travado. O Liverpool impunha períodos longos de pressão sustentada contra o Tottenham, sem necessariamente criar chances claras de finalização.

Aos 28, Thiago tentou achar Henderson na segunda trave, mas Sessegnon interceptou. Cabeceou mal para caramba, porém, e jogou à boca do gol, onde Salah chegaria para completar. Hugo Lloris se esticou para cortar. Van Dijk acertou o travessão com uma cabeçada, em cobrança de escanteio de Alexander-Arnold, e o Liverpool terminou a etapa inicial sufocando o Tottenham com ataques em sequência.

Ao fim de um desses bombardeios, Luis Díaz mandou rasteiro de fora da área, para boa defesa de Lloris, e logo na sequência o Tottenham contra-atacou com uma finalização rasante de Hojbjerg que pegou no pé da trave. O gol que passou tão perto nesse lance saiu aos 11 minutos da etapa final, em uma excelente jogada trabalhada pelo Tottenham.

Começou com o lançamento de Lloris para Emerson Royal, que dominou e achou Kane na entrada da área. O centroavante inglês dominou bonito, cortou para o meio e soltou na hora certa para a projeção de Sessegnon. O cruzamento rasteiro encontrou Son na entrada da pequena área.

A derrota era um desastre para o Liverpool, e Klopp se mexeu quase imediatamente. Lançou o time à frente, com Jota na vaga de Jordan Henderson, e Kostas Tsimikas no lugar de Andrew Robertson, para tentar qualificar os cruzamentos e ter mais uma opção de bola parada porque Alexander-Arnold não estava em seu dia mais preciso.

Nada disso funcionou direito, porém, e o gol de empate saiu no brilho individual de Luis Díaz, que cortou da esquerda para o meio e soltou um dos seus mísseis, e da sorte de o chute ter desviado na ponta da chuteira de Rodrigo Bentancur antes de entrar no canto de Lloris, completamente vendido na jogada.

O empate incendiou Anfield e durante alguns minutos pareceu que o Liverpool tinha a chance de virar o jogo em instantes, mas o Tottenham soube esfriar a partida, gastando tempo, prendendo a bola no ataque, e apesar de mais alguns escanteios e cruzamentos ruins dos donos da casa, quem terminou o jogo sorrindo foi o Manchester City – e o Arsenal também.

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