Premier League

Klopp: “Mostramos o que podemos ser e o que temos que ser daqui para frente. Foi perfeito”

"Sem palavras, um espetacular jogo de futebol, incrível", disse o técnico após golear o Manchester United por 7 a 0

Não existe pessoa mais feliz nesta noite de domingo do que Jürgen Klopp. Depois de meses recheados de problema, o seu time mostrou que os sinais de recuperação eram verdadeiros e encaixou não apenas a melhor atuação da temporada, mas uma das melhores em muito tempo para golear o Manchester United por 7 a 0 em Anfield, o maior placar da história centenária do maior clássico da Inglaterra. Um jogo perfeito, nas palavras do treinador alemão.

O Liverpool, que vinha de três vitórias e um empate pela Premier League sem ser vazado, abriu o placar no fim de um primeiro tempo equilibrado e atropelou o Manchester United depois do intervalo, fazendo dois gols em pouco tempo antes de construir a goleada.

“Sem palavras. Um espetacular jogo de futebol. Incrível. Jogamos um futebol de primeira linha contra um time em forma. O começo do segundo tempo foi muito bom e o fim foi muito bom. Isso é futebol, pode acontecer. É o empurrão que queríamos. Ele nos coloca na direção certa. Todos têm que saber que ainda estamos por aqui. Não foi o caso por um tempo, mas esta noite foi uma demonstração do que podemos ser e do que temos que ser daqui para frente”, disse, à Sky Sports.

“Foi uma atuação de primeira linha desde o começo. Eu achei que a maneira como começamos o jogo foi muito especial, a melhor em muito, muito, muito, muito, muito tempo. Nós estávamos lá, fomos agressivos, mas jogamos futebol. Estivemos calmos nos momentos certos, muito ligados, muito ativos em outros momentos e depois de 25 minutos, o jogo abriu um pouco. O United ficou um pouco melhor no jogo, mas o gol no fim antes do intervalo foi sensacional: o que Robertson estava fazendo ali, cortando para dentro e depois com muita calma e depois Cody percebeu que Robbo queria passar a bola para ele e uma ótima finalização”, continuou, segundo o site do Liverpool.

“O segundo tempo começa, eu não acho que poderia ter começado melhor, com dois gols que praticamente forçamos e depois disso os rapazes estavam voando. E então foi realmente difícil jogar contra nós e, como eu disse, o desempenho é importante, os três pontos são ainda mais importantes, e o resultado é apenas o resultado. Foi uma das melhores atuações em muito, muito tempo. De certa maneira, acho que todos viram quão bons os caras podem ser”, acrescentou, referindo-se a Cody Gakpo e Darwin Núñez, reforços para esta temporada que estavam sendo contestados.

“Não acho que alguém tinha dúvida sobre o impacto futuro de Darwin quando ele se adaptar porque ele é uma verdadeira força da natureza. Cody joga na região mais difícil do gramado, contra um time que faz marcação homem a homem, o que é bem difícil, mas como ele se mantém em pé e tem uma visão de todo mundo. Mo é Mo. Os meias em torno dele. Harvey (Elliott) fez um jogo de primeira linha contra o Wolverhampton, teve o maior resultado de contra-pressão de qualquer jogador na Premier League nesta temporada, então se isso não é qualificação para ser titular novamente eu não sei o que é. Henderson não começou o outro jogo, que atuação, absolutamente incrível, e Fabinho está de volta”, completou.

Klopp comemorou finalmente ter quase todo mundo disponível, com as exceções de Thiago e Luis Díaz. “Olha, eu sei que podemos jogar um bom futebol e eu sei que podemos jogar melhor do que mostramos em alguns jogos nesta temporada. Mas sempre houve uma razão para não o fazermos. Como você pode imaginar, não é porque não queríamos. A principal diferença é que agora temos praticamente todos os jogadores disponíveis, o que ajuda muito e você pode ver hoje (domingo) e na outra noite contra o Wolverhampton. Ter Diogo (Jota) de volta é muito importante para podermos dar uma folga para os garotos aqui e ali”, disse.

“Agora, Firmino, foi obviamente um momento especial porque ele recebeu uma ótima recepção, ele precisava de talvez um ou dois jogos para encontrar ritmo. Na linha de defesa, temos opções, o que também ajuda muito. E no meio-campo, temos pela primeira vez na temporada, por umas duas semanas, quatro ou cinco jogadores que não estão no time, que estão treinado muito bem, mas não estão no time. É a primeira vez que tivemos isso, antes tínhamos nove ou 10 jogadores machucados e isso não ajuda”, completou.

Agora, o Liverpool é o quinto colocado com 42 pontos em 25 jogos. O Newcastle está logo atrás, com 41 em 24 rodadas, e o Tottenham, em quarto lugar, tem 45 pontos em 26 partidas. Está vivo na briga por vaga na próxima Champions League. “Faltam 13 jogos? Muitos pontos ainda. Esta noite foi perfeita”, encerrou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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