Premier League

Kane iguala recorde de Jimmy Greaves em uma situação que lhe é familiar: arrancando a vitória ao Tottenham

Ele fez o único gol da vitória por 1 a 0 no Craven Cottage sobre o Fulham e chegou aos 266 de Greaves como maior artilheiro dos Spurs

Harry Kane poderia ter igualado o recorde de Jimmy Greaves de diversas maneiras, mas foi simbólico que o tenha feito arrancando três pontos em um jogo no qual o Tottenham esteve longe do seu melhor. Como tantas vezes foi uma ilha de qualidade excepcional em um clube que coletivamente não correspondeu será uma parte importante da sua história. Kane marcou um belo gol, nos acréscimos do primeiro tempo, garantiu a vitória por 1 a 0 fora de casa contra o Fulham e igualou os 266 gols de Greaves. Agora, é também o maior artilheiro da história dos Spurs.

Essa também foi uma boa semana para o gol histórico sair porque surgiram especulações de que ele estaria na mira do Manchester United, ao mesmo tempo em que a The Athletic publicou que está aberto a renovar seu contrato que termina em 2024. A imprensa inglesa começou a escrever artigos de opinião dizendo que talvez fosse uma boa para todo mundo se ele saísse, e Antonio Conte ficou bravo ao ser questionado sobre o assunto em uma entrevista coletiva.

E se existe mérito na reclamação recente de Conte de que técnicos são muito expostos a assuntos extra-campo na Inglaterra, fica um pouco difícil se esquivar de uma pergunta tão importante. Kane é o melhor jogador do Tottenham, um dos melhores da Premier League, um dos melhores do mundo. Uma eventual saída, que esteve próxima de ocorrer, ao Manchester City, em 2021, geraria necessariamente uma recalibragem de expectativas para um clube que se estabeleceu no chamado Big Six, mas está encontrando uma série de obstáculos para continuar progredindo.

Entre eles, encaixar um novo projeto coletivo para potencializar as qualidades de Kane – e de outros jogadores talentosos do elenco. A vitória sobre o Fulham foi apenas a quarta do Tottenham nas últimas 11 rodadas do Campeonato Inglês. Fez os Spurs encostaram no Manchester United, na briga pelo quarto lugar. Estão três pontos atrás, com um jogo a mais. O Campeonato Inglês começa a entrar na sua segunda metade, há tempo pela frente. O problema é que o desempenho do Tottenham não gera tanta esperança.

Foi uma partida travada, de pouca fluidez ofensiva, contra um bom Fulham, que está em sétimo lugar, apenas cinco pontos atrás, e parece que finalmente conseguirá evitar o rebaixamento na Premier League. E de força física, o que ajuda a explicar os destaques a jogadores como Hojbjerg e João Palhinha. O volante português, por exemplo, bateu a carteira de Son na intermediária ofensiva, aos 10 minutos, e Bobby Reid emendou um chute venenoso de fora da área que terminou com boa defesa de Hugo Lloris.

Não houve muitas chances claras no primeiro tempo. Algumas situações de finalização não foram bem encerradas, como a batida de Ben Davies, aos 14, ou a jogada individual de Kane pelo meio, aos 33. Nos acréscimos, Kane executou com maestria. Recebeu na entrada da área, de costas para o gol, girou e bateu rasteiro, no canto, para abrir o placar.

O centroavante quase bateu o recorde de uma vez só. Aos 12 minutos, deve ter chegado a ver a bola nas redes. Ben Davies ajeitou na segunda trave, e Kane cabeceou de frente, livre, na entrada da pequena área, com firmeza, e Benrd Leno fez uma grande defesa por cima do travessão. Kane teve uma outra oportunidade, aos 34, em outra ajeitada de cabeça – a bola aérea foi uma constante durante a partida -, mas chutou torto para fora.

Buscando a cabeça de Mitrovic, ou com um chute perigoso de Manor Solomon de fora da área, defendido por Lloris com a ponta dos dedos, o Fulham buscou o empate até o fim, sem tanta inspiração ou ameaça ao Tottenham, que novamente contou com seu craque para sair de campo com a vitória.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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