Renovação e atuação de gala de João Gomes contrariam teoria sobre presença na Seleção

João Gomes foi um dos principais jogadores do Wolverhampton na vitória por 1 a 0 diante do West Ham pela 30ª rodada da Premier League. Firme na defesa e presente no ataque, o volante desarmou, puxou contra-ataques e até apareceu na área para finalizar.

O ex-jogador do Flamengo acabou de renovar seu contrato junto ao Wolves até 2030 e justificou em campo sua importância para o time nesta terça-feira (1).

A atuação de João Gomes diante do West Ham contrariou a teoria de que atletas que jogam em times médios na Europa não podem vestir a camisa da seleção brasileira.

Isso porque o volante brasileiro faz parte de um esquema de jogo sólido montado por Vitor Pereira no Wolves, diferente da bagunça tática organizada por Dorival Junior na Seleção.

Protegido ao lado de André no 3-4-2-1 montado pelo português, João Gomes teve o apoio defensivo dos ponteiros Munetsi e Bellegarde. Com os atacantes do Wolves retornando para marcar, o brasileiro teve tranquilidade para proteger a frente da grande área e não precisou correr muito para fazer coberturas.

Como o Wolverhampton marca por zona, João Gomes atuou mais na faixa central do campo. Quando a bola chegava em seu setor, fazia pressão sobre o portador da bola, buscando sua recuperação.

João Gomes contra o West Ham

• 2 desarmes
• 2 interceptações
• 4/9 duelos vencidos
• 100% de aproveitamento nos lançamentos longos

Dados: Sofascore

Falta de organização coletiva escondeu qualidade de João Gomes contra a Argentina

O volante do Wolverhampton jogou 45 minutos do encontro diante da Argentina, na derrota da Seleção por 4 a 1 diante da Albiceleste na última semana em Buenos Aires.

Diferente do apresentado nesta terça-feira, João Gomes precisou correr mais em campo para compensar a falta de intensidade do Brasil na marcação. Além disso, com mais preocupações em cobrir seus companheiros de time, o meia teve menos ações com a bola.

Diante da campeã do mundo, o jogador venceu quatro duelos, não conseguiu desarmar, e também não fez nenhuma interceptação. Sem uma organização efetiva, o volante correu atrás da bola durante o tempo em que esteve em campo.

Ao contrário do que muitos pensam, um jogador pode ser útil para a Seleção independentemente do time que defende. A Colômbia com James Rodríguez e a própria Argentina de Scaloni e sem Messi provaram que um time competitivo pode ser montado com jogadores de times de médio escalão.

A questão central é: sem organização, não há como um atleta, por melhor que seja, demonstrar todo o seu potencial. O próximo treinador da Canarinho terá de entender esse ponto e resgatar o espírito coletivo do time, para potencializar nossa qualidade individual.

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Wolverhampton comemora três pontos fundamentais

Mais do que a boa exibição diante de um concorrente direto contra o rebaixamento, a vitória diante do West Ham possibilitou ao Wolves abrir 12 pontos de vantagem em relação ao Ipswich Town, primeiro time fora da zona de rebaixamento.

Ao final do jogo, o técnico Vitor Pereira vibrou junto a sua comissão técnica, entendendo a importância do contexto do triunfo em um jogo de seis pontos decisivos para o objetivo do time, que é a permanência na Premier League.