James Rodríguez, senhoras e senhores: colombiano deu seu cartão de visitas na importante vitória do Everton

James Rodríguez havia jogado apenas uma vez desde fevereiro. E nunca havia jogado pela Premier League, com um ritmo e intensidade que às vezes exigem certa adaptação, nem com seus companheiros de Everton. Nada disso importou. O colombiano foi o dono do meio-campo na importante vitória por 1 a 0 sobre o Tottenham, fora de casa, com gol de Dominic Calvert-Lewin, garoto que cresceu demais desde a chegada de Carlo Ancelotti.
Em parte por lesões, James Rodríguez fez apenas 728 minutos na última temporada. Apenas cinco partidas em 2020, uma delas pelo Campeonato Espanhol, em junho, contra a Real Sociedad. Sem espaço com Zidane, buscou o reencontro com Ancelotti, que também o havia treinado no Bayern de Munique, a tentativa anterior de respirar novos ares e encontrar uma casa em que se sentisse mais confortável.
Ainda é cedo para dizer que a encontrou no Everton, mas os primeiros sinais foram muito promissores. Parecia que sempre vestira azul. Foi escalado um pouco pela direita do trio de ataque com Calvert-Lewin e Richarlison, com muita liberdade para se movimentar como quisesse, e comandou a partida, sempre conseguindo clarear as jogadas com passes precisos e belos dribles – como um chapéu no final do segundo tempo. Foi o terceiro jogador do Everton que mais tocou na bola, atrás de Richarlison e Lucas Digne.
El Mágico James Rodríguez vs Tothenham
2 Pases claves de gol, control y distribución de juego, 2 remates al Arco. Nadie puede dudar de la calidad de James, gracias Ancelotti por devolverle la sonrisa y la ilusión.. pic.twitter.com/lFa9PztM5W— Deportes y Noticias (@wilnoticias) September 13, 2020
No geral, os três reforços do Everton foram muito bem em suas estreias. Allan também foi uma presença sólida no meio-campo, e Abdoulaye Doucouré fez um desarme crucial para impedir que Lucas Moura e Son avançassem livre em contra-ataque.
O Everton foi o melhor time ao longo dos 90 minutos, mais perigoso com a bola e também quando teve o contra-ataque, embora o primeiro tempo tenha sido mais equilibrado. Richarlison teve a melhor chance ao interceptar um passe estranho de Ben Davies, invadir a área e driblar Hugo Lloris. No entanto, se desequilibrou na hora de finalizar e levou Ancelotti à loucura.
Em rápida transição, o Tottenham exigiu a primeira grande defesa de Jordan Pickford. Lucas inverteu para Son, que centralizou e rolou para Dele Alli chegar batendo. O goleiro da seleção inglesa espalmou por cima do travessão. O Everton respondeu com um chute colocado de James que passou perto da trave direita de Lloris, e Pickford precisou trabalhar novamente após boa tabela de Matt Doherty com Kane, que devolveu com um lindo passe por cavadinha.
O único gol do duelo saiu aos 10 minutos do segundo tempo. Lucas Digne cobrou muito bem uma falta quase na lateral esquerda e Calvert-Lewin completou com uma tijolada de cabeça. Foi seu nono gol desde a chegada de Ancelotti, quase um terço do seu total com a camisa do Everton, pelo qual disputou 134 partidas, após ter estreado em 2016.
A dinâmica mudou depois da cabeçada de Calvert-Lewin e, nenhuma novidade, o Tottenham sofreu para criar oportunidades claras para tentar o empate, e o Everton, no contra-ataque, teve situações perigosas para ampliar a vantagem, o que poderia ter feito se Richarlison estivesse em um dia com o pé um pouquinho mais calibrado.
De qualquer maneira, foi uma estreia animadora para o Everton, que não apenas encaixou bem seus novos reforços, como também derrotou o Tottenham pela primeira vez desde 2012. Eram oito derrotas e sete empates. O último triunfo fora de casa, ainda no White Hart Lane, havia sido em 2008.
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