Premier League

Henderson colecionava milagres, mas um passe mágico de De Bruyne a Agüero permitiu o triunfo ao City

Emprestado pelo Manchester United ao Sheffield United, Dean Henderson aproveita sua passagem pelo clube para se firmar entre os principais goleiros ingleses. E o jovem quase fez a alegria dos Red Devils por tabela nesta terça, ao protagonizar um excelente primeiro tempo contra o Manchester City. O arqueiro colecionava milagres e pegou até mesmo um pênalti de Gabriel Jesus. Entretanto, sua invencibilidade não duraria por tanto tempo. Servido magistralmente por De Bruyne, Agüero saiu do banco para arrancar uma duríssima vitória por 1 a 0 ao time de Pep Guardiola. Apesar de todas as dificuldades e dos lances ríspidos ao longo dos 90 minutos, os celestes voltam com os três pontos de Bramall Lane.

A boa notícia na escalação do Manchester City era a presença de Aymeric Laporte, que não atuava desde o final de agosto. E o zagueiro não demorou a perceber que teria vida difícil em Bramall Lane. O Sheffield United não estava disposto a esperar os Citizens na defesa e saíram para o jogo desde os primeiros minutos, buscando atacar com velocidade. Não criavam oportunidades, mas faziam o suficiente para demonstrar como encarariam os celestes de igual. Além do mais, era um duelo duro e Laporte se tornou alvo de uma entrada violenta de Muhamed Besic, que poderia ter rendido mais que o cartão amarelo mostrado pelo árbitro.

O Manchester City demorou a se encontrar no jogo, levando perigo a partir dos 20 minutos. Esbarraria em Henderson. O goleiro fez seu primeiro milagre para salvar a zaga, após uma bola perdida na intermediária. Raheem Sterling tabelou com Riyad Mahrez e bateu à queima-roupa, mas o arqueiro fez o que parecia impossível. Com mais posse de bola, os celestes tornavam suas oportunidades mais constantes e Henderson voltaria a intervir pouco depois, barrando o voleio de Nicolás Otamendi.

O lance principal, de qualquer maneira, aconteceu aos 36. Mahrez foi derrubado na área e garantiu um pênalti à sua equipe. Henderson se adiantou bastante na cobrança, mas Gabriel Jesus também bateu mal e favoreceu o heroísmo do goleiro, que espalmou. Não era um bom primeiro tempo ao City e, pouco antes do intervalo, o Sheffield United conseguiu chegar com mais perigo ao redor da meta de Ederson. Guardiola estava intranquilo à beira do campo.

A posse de bola do Manchester City pouco significava em campo, diante das dificuldades do time em romper a marcação do Sheffield United. O segundo tempo começou aberto. As duas equipes tinham suas oportunidades, mas sem capitalizar. Por volta dos 15 minutos, Henderson defendeu com firmeza uma cabeçada de Gabriel Jesus, antes que Ederson fizesse sua intervenção mais difícil do outro lado. O goleiro rebateu o cruzamento de Chris Basham e, na sobra, Lys Mousset não aproveitou.

As boas jogadas construídas pelo Sheffield United pareciam deixar a equipe pronta a uma surpresa. No entanto, a substituição realizada por Guardiola aos 22 seria decisiva. Gabriel Jesus deu lugar a Sergio Agüero. E em uma de suas primeiras participações, o argentino conseguiu anotar o gol da vitória, aos 28. Kevin de Bruyne avançou com liberdade pela direita e fez um cruzamento cirúrgico, em direção à pequena área. A bola rasteira passou por três adversários e o artilheiro não perdoou. Depois disso, as Blades perderam o fio da meada. O City manteve a partida sob o controle e não sofreu grande pressão dos anfitriões. Pelo contrário, os celestes até poderiam ter ampliado, criando os principais lances. Só pouco antes do apito final é que o time da casa voltou a ameaçar, em bate-rebate dentro da área que não deu certo.

O Manchester City diminui a diferença em relação ao Liverpool, ao menos por ora, e assegura a vice-liderança da Premier League por mais uma rodada. A equipe chega aos 51 pontos, 13 a menos que os líderes. Já o Leicester aparece seis pontos atrás. O Sheffield perdeu a chance de tomar a quinta colocação, mas segue bem na tabela. É o sétimo, com 33 pontos, com sobras o melhor time entre os que conquistaram o acesso na temporada passada.

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Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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