Na volta de Haaland, De Bruyne e o aniversariante Álvarez foram os protagonistas de um dominante City

O Manchester City conseguiu mais uma vitória na Premier League. Nesta quarta-feira (31), a equipe treinada por Pep Guardiola dominou o Burnley pela maior parte do tempo e não encontrou dificuldade para vencer por 3 a 1 pela 22ª rodada da competição, no Etihad Stadium. O destaque da partida deveria ser Erling Haaland, que retornou depois de quase dois meses parado por uma lesão no pé, mas os protagonistas na realidade foram o maestro Kevin de Bruyne e o aniversariante Julián Álvarez.

Justamente no dia em que completa 24 anos de idade, Álvarez abriu o placar para o City aproveitando cruzamento de Matheus Nunes ainda no início do primeiro tempo. Pouco tempo depois, recebeu um enorme presente de De Bruyne em linda cobrança ensaiada de falta e marcou novamente. Já na volta do intervalo, Rodri precisou de menos de 30 segundos para ampliar, em lance que contou com outra grande contribuição de De Bruyne. Nos minutos finais, o Burnley descontou com Ameen Al-Dakhil.

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Com a assistência dada, Kevin De Bruyne ultrapassou Wayne Rooney e se isolou como o terceiro jogador com mais passes para gol na história de Premier League: 104. O líder é Ryan Giggs, com impressionantes 162, seguido por Cesc Fàbregas, com 111. Julián Álvarez, por sua vez, chegou a 15 bolas na rede na temporada e encostou em Haaland, que tem 19.

Já o Manchester City continua na caça do líder Liverpool. A equipe de Guardiola tem 46 pontos após 21 jogos disputados, enquanto os Reds chegam a 51 pontos em 22 partidas com a vitória parcial sobre o Chelsea. O Burnley, por outro lado, continua em situação dramática na Premier League, amargando a penúltima colocação com apenas 12 pontos, sete a menos que o primeiro time fora da zona de rebaixamento.

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Como foi o jogo

O Manchester City foi o de sempre diante do Burnley. Com uma posse de bola gigantesca, dominou as ações da partida, se postou no campo de ataque e obrigou a defesa visitante a correr atrás dos muitos passes curtos e inversões longas. Sendo assim, o time comandado por Pep Guardiola criou boas oportunidades conforme os Clarets foram cansando e abrindo espaços e só foi ceder alguma chance ao adversário na segunda etapa.

Kevin De Bruyne foi o primeiro a levar perigo ao gol de James Trafford, cobrando falta pela esquerda que desviou na barreira e balançou o lado de fora da parte de cima da rede. Aos 15 minutos, o Burnley tentou pressionar alto e deu a brecha que o City queria. Matheus Nunes foi lançado por Phil Foden, pelo lado direito, tentou tocar para trás após invadir a área e acabou travando pela marcação. O meio-campista português ficou com a bola, esperou a chegada de outros companheiros e cortou para o pé esquerdo antes de cruzar na pequena área, onde Julián Álvarez apareceu com liberdade para cabecear e abrir o placar.

Seis minutos depois, foi a vez do City criar a brecha. De Bruyne parecia que iria levantar a bola na área em falta de longa distância, mas deu um lindo passe rasteiro para Julián Álvarez, que saiu antes da marcação para bater de primeira da entrada da pequena área na saída de Trafford, ampliando o marcador.

Pouco antes do intervalo, ainda deu tempo de Josko Gvardiol assustar em um surpreendente chute colocado de pé direito de dentro da área que saiu pela linha de fundo e De Bruyne exigir que James Trafford saísse dando um soco na bola em um cruzamento na área em cobrança de falta fechada.

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Na segunda etapa, o City precisou de 25 segundos para confirmar a vitória. Logo depois da saída do meio-campo, Phil Foden se projetou nas costas da marcação, recebeu uma bela enfiada de bola de Kevin De Bruyne e chegou até a área em velocidade. Ali, o inglês parou, balançou para cima da defesa e tocou para Rodri chutar de primeira da entrada da área e acertar o canto esquerdo de James Trafford.

Com a vantagem de três gols, os Citizens apenas controlaram o jogo até os 25 minutos, sempre no campo de ataque e recuperando rapidamente a bola quando a perdiam. A situação só mudou quando Erling Haaland entrou no lugar de De Bruyne. Com isso, os atuais tricampeões ingleses passaram a apostar muito mais em bolas em velocidade para o norueguês do que nas muitas trocas de passe.

É verdade que o City conseguiu bons ataques com Haaland, que aparentou estar sem ritmo de jogo e não foi bem ao concluir as jogadas, mas a mudança de estratégia fez com que o domínio terminasse e o Burnley tivesse espaço entre suas linhas para chegar com qualidade ao ataque. Nos acréscimos, David Fofana conseguiu se desvencilhar da marcação de Gvardiol pelo lado direito, foi até a linha de fundo e encontrou Ameen Al-Dakhil, que só precisou completar na pequena área para diminuir o marcador.