Premier League

Gol de Martial contra o Burnley custou € 10 milhões ao United e valeu elogios de Mourinho

Martial arrancou do seu próprio campo de defesa, ganhou de Barton na corrida, tabelou com Ander Herrera, entrou na área e abriu o placar para o Manchester United, aos 20 minutos do primeiro tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Burnley. Uma demonstração de excelência física e técnica que se espera de um jogador de tanto futuro que custou uma nota para os Red Devils. E que o tornou ainda mais caro: esse gol acionou uma cláusula no contrato do francês que obriga o United a pagar € 10 milhões ao Monaco.

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Assim informam a ESPN, a Fox Sports, o Independent e o Irish Independent. Martial, aos 19 anos, custou € 42 milhões ao Manchester United, o maior valor pago naquela época por um adolescente, com cláusulas de desempenho que podem elevar esse valor. A primeira seria acionada no momento em que o atacante fizesse seu 25º gol pelo clube inglês. Martial chegou ao oitavo tento na temporada contra o Burnley. Marcou 17 na temporada anterior. Total: 25.

A segunda cláusula de desempenho, de € 9,5 milhões, também segundo a imprensa inglesa, está um pouco mais distante de ser acionada. Martial precisa chegar a 25 aparições com a seleção francesa. Está neste momento com 15. A última foi em outubro do ano passado. Ele não foi convocado para as últimas datas Fifa de novembro e de março. De acordo com a BBC, a terceira condicional envolve o garoto vencer a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo, o que elevaria o total da transferência para € 66 milhões.

Para efeitos de comparação, apenas esse bônus pago pelo Manchester United pelos 25 gols de Martial seria a 56ª contratação mais cara da janela de transferências da Inglaterra, acima de nomes, por exemplo, como José Fonte (do Southampton para o West Ham), Loris Karius (Mainz-Liverpool) e Fernando Llorente (Sevilla-Swansea). Seria a 21ª contratação mais cara da Bundesliga, empatado com, entre outros, Timo Werner, do RB Leipzig, quarto maior artilheiro da liga alemã nesta temporada, com 17 gols; a 15ª da Espanha, acima de Paulo Henrique Ganso; a 20ª da Itália; a 11ª da França; a segunda de Portugal, empatado com Bas Dost, que trocou o Wolfsburg pelo Sporting; e a terceira da Holanda.

Números que apenas sublinham a superioridade financeira da Premier League e o quanto o Manchester United acredita no futebol de Martial, que vem sendo preterido na equipe titular, com apenas 23 jogos desde o começo nesta temporada, 13 no Campeonato Inglês. Antes do jogo contra o Anderlecht, pela Liga Europa, na última quinta-feira, José Mourinho fez críticas individuais ao futebol do jovem francês.

“Acho que Anthony é um jogador de grande potencial? Sim, eu acho. Acho que ele pode ter sucesso comigo? Sim, eu acho. Mas ele precisa começar a me dar coisas que gosto muito”, afirmou. “Do mesmo jeito que eu tenho que ir na direção dos jogadores, os jogadores têm que vir até mim. É por isso que Rashford, mesmo sem marcar muitos gols, tem sido um jogador que eu confio. Ele sempre vai na direção do que eu quero de um jogador do Manchester United”.

Contra o Burnley, Mourinho deu um descanso para Rashford  e também não contou com Zlatan Ibrahimovic, machucado. A dupla de ataque foi formada por Wayne Rooney, que também não vem jogando com frequência, e Martial. O francês correspondeu. Marcou o primeiro gol e participou da jogada do segundo, de Rooney. “Ele tem que entender o que precisamos dele, mas não apenas para nós, também para ele. Se ele quer se tornar um jogador muito especial – ele pode fazer isso -, então tem que ir em certa direção, e hoje ele mostrou essa atitude e esse apetite. Estamos felizes porque temos um novo jogador até o fim da temporada”, comemorou Mourinho, depois da vitória por 2 a 0.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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