Expulsão de Lucas Moura no empate com o Everton foi o símbolo de um Tottenham melancólico

Empatar com o Everton por 1 a 1, mesmo jogando no Goodison Park, não é bom resultado para o Tottenham que briga por vaga na Champions League. Mais ainda com uma atuação que ficou, mais uma vez, bem abaixo do que se espera de um time que briga no alto da tabela. A expulsão de Lucas Moura, no fim do jogo, foi mais um sinal ruim de um time que parece desconjuntado. A inevitável saída de Antonio Conte não rendeu frutos no primeiro jogo.

Os melhores momentos do jogo incluirão encaradas, lances pegados, além das expulsões, assim, no plural. Porque antes de Lucas Moura aprontar, Abdoulaye Doucouré chutou os bons modos para longe depois de conduta violenta por empurrar Harry Kane, aos 12 minutos do segundo tempo.

Sete minutos depois da expulsão de Doucouré, Michael Keane fez falta em Cristian Romero dentro da área e Harry Kane cobrou pênalti para abrir o placar. O Tottenham não fazia grande jogo. Nem o Everton, aliás. Era um jogo que parecia mais com a disputa contra o rebaixamento, que é o que vive o Everton, do que uma briga por vaga na Champions League, que é o que vive o Tottenham.

A expulsão de Lucas Moura, aos 42 minutos do segundo tempo, veio em uma entrada bastante dura sobre o zagueiro Michael Keane. Pouco depois, aos 44 minutos, Keane, de fora da área, soltou um chute forte de fora da área e marcou um inesperado golaço para empatar o jogo. O placar de 1 a 1 fez jus ao jogo ruim que os dois times fizeram.

Para o Tottenham, o ponto conquistado faz com que o time chegue a 50 pontos, igualando a pontuação de Newcastle (terceiro) e Manchester United (agora em quinto). A disputa pela vaga na Champions será bastante acirrada. Mas em termos de futebol, o Tottenham precisa se preocupar. A saída de Antonio Conte parecia necessária, mas o time não apresentou nada de melhor do que já vinha apresentando.