Premier League

Cristiano Ronaldo marca de pênalti e salva o Manchester United em vitória contra o Norwich

Defesas de De Gea garantiram que o United saísse de campo sem levar gols

Há quem chame de Penaldo, ou até mesmo de Crotone Man, mas Cristiano Ronaldo segue decidindo tudo que é jogo pelo Manchester United. A contratação do português, 11 anos depois de sua partida ao Real Madrid, tem trazido resultados bastante benéficos aos Red Devils, sobretudo em jogos difíceis e travados. Neste sábado, o camisa 7 aprontou das suas e fez o único gol da vitória contra o Norwich. De pênalti, é verdade, mas vale igual.

Em Carrow Road, o Norwich parece condenado a voltar à Championship, mas nem por isso deixou de lutar. Disposto a vender caro qualquer resultado favorável ao United, o time dos Canários viveu bons momentos, sobretudo no segundo tempo, forçando David De Gea a participar efetivamente do jogo.

Resquícios da Era Solskjaer

É cedo para esperar uma grande diferença do United de Ralf Rangnick para o de Ole Gunnar Solskjaer. A marca do norueguês acabou sendo a pecha de um time lento, previsível e que tinha imensa dificuldade em pressionar as defesas adversárias. Com Rangnick, as coisas estão tomando outro rumo, progressivamente. A princípio, importa vencer, depois pensar em jogar bem. Nesse ponto, o treinador alemão já impactou positivamente o vestiário.

É mais fácil quando se tem um Cristiano Ronaldo que pode até não estar em seu auge físico, mas ainda representa uma ameaça constante às defesas adversárias. Os Red Devils foram mais agudos na primeira etapa, mas não conseguiram converter em gols as chances criadas. Dentro do contexto dos 90 minutos, 13 finalizações é um número um tanto baixo para uma equipe desse calibre. Se avaliarmos o número de chutes a gol, o empate em 5 a 5 conta uma história diferente do que o placar sugere.

Por este motivo, cabe citar a importância da atuação de David De Gea: as defesas milagrosas do espanhol permitiram que o United saísse de campo sem ser vazado. E em muitas delas, o gol parecia certo. Com a ponta dos dedos, em espalmadas, até mesmo em defesas pelo chão, De Gea foi o paredão que se espera sempre, sem margem de erro. Embora o gol que resolveu o confronto tenha sido de Ronaldo, é do espanhol o “bicho” pelos três pontos. Pouco após o intervalo, o finlandês Teemu Pukki teve espaço dentro da área e chutou no alto, mas De Gea saltou para desviar o que seria um belíssimo gol dos Canários.

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No detalhe, a marca do artilheiro

Dias atrás, contra o Arsenal, Ronaldo alcançou seu gol 800. Se continuar nesse ritmo, a barreira dos 900 pode não estar tão longe assim. Na primeira etapa, foi dele a principal chance de abrir o placar: Cristiano dançou dentro da área, se livrou da marcação e chutou forte, mas Tim Krul impediu o golaço. Quando não vai por bem, vai por mal, e na etapa final, restando 15 minutos para o fim, um pênalti colocou Cristiano e Krul frente a frente outra vez.

O jovem Max Aarons segurou Ronaldo dentro da área em um cruzamento, e o árbitro marcou pênalti. Bola de um lado, Krul do outro: o United estava em vantagem. Até o fim, o gol do Norwich não foi mais ameaçado e os Red Devils pareciam bem contentes com a parcial de 1 a 0.

O United emplacou uma sequência de três vitórias e colou no West Ham, que joga apenas na segunda-feira contra o Burnley. A cada jogo que passa sob o comando de Rangnick, fica claro quanto tempo o time perdeu com Solskjaer no banco de reservas. Evidente que isso não muda a relação de idolatria da torcida perante o norueguês, mas como treinador, Ole não estava à altura do clube que o consagrou. Quem sabe com Rangnick a expectativa grande em torno deste elenco seja cumprida.

Lanterna e rumo ao descenso

Em vez de se render e abaixar a cabeça, o Norwich resolveu dar o troco e buscou com muita determinação o gol que serviria de consolo para uma tarde em que as coisas quase deram certo. Billy Gilmour, emprestado pelo Chelsea, deu mais argumentos sobre seu futuro promissor e carimbou a bola em todas as ações ofensivas da equipe dos Canários.

A torcida no Carrow Road não silenciou como Ronaldo havia pedido no seu gol. Do contrário: fez barulho e empurrou um limitado, porém valente time até o apito final. Para conseguir o feito de sair da lanterna e escapar do descenso, este Norwich precisa parar de sofrer gols: foram 32 sofridos e apenas oito marcados até aqui, nos dez pontos marcados pela equipe. Depois da demissão de Daniel Farke, que estava há quatro anos e meio no cargo, há a sensação de que as coisas estão um pouco sem rumo por aqueles lados. A queda parece certa, assim como as boas atuações de Gilmour e os eventuais gols de Pukki.

Foto de Felipe Portes

Felipe Portes

Felipe Portes é zagueiro ocasional, cruyffista irremediável e desenhista em Instagram.com/draw.portes
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