Premier League

Recuperação de Sterling é um bom sinal do começo de trabalho de Mauricio Pochettino

Sterling foi o principal nome do jogo: Atacante marcou duas vezes e deu assistência na primeira vitória do Chelsea na temporada

Raheem Sterling tem seus críticos, mas é um dos atacantes mais importantes da história recente da Premier League. Eficiente pelo Manchester City, foram cinco temporadas produtivas, sempre entre 10 e 20 gols. Após perder espaço no Etihad Stadium, transferiu-se para o Chelsea provavelmente no pior momento possível, mas começa a se recuperar, um bom sinal do ainda precoce trabalho de Mauricio Pochettino. Nesta sexta-feira, marcou duas vezes e deu uma assistência na vitória por 3 a 0 sobre o Luton Town em Stamford Bridge.

As primeiras duas partidas, contra Liverpool e West Ham, haviam sido promissoras. Culminou na atuação dominante que se espera de um jogador do seu calibre, mesmo que seja contra o Luton Town, que provavelmente tem o pior elenco da liga inglesa. O Chelsea sofreu para marcar gols na última temporada e recuperar um artilheiro comprovado como ele – mesmo que com frequência perca algumas chances incríveis – seria uma ótima notícia para Pochettino.

Mudança na hora errada

O Manchester City costuma ser fiel a seus jogadores importantes e não coloca obstáculos desnecessários quando eles pedem para ir embora. Mesmo que seja para rivais diretos. Raheem Sterling estava entrando nos últimos 12 meses do seu contrato e pediu uma saída porque queria um novo desafio. E também para voltar a ter um papel mais importante porque havia ficado um pouco de lado no Etihad Stadium. Ainda jogava com frequência, mas foi reserva em partidas importantes da Champions League e viu seus minutos diminuírem na Premier League.

Mudar-se de volta para Londres, onde chegou com a família da Jamaica ainda criança, era um bônus. O Chelsea já precisava de poder de fogo e contratou um dos sete maiores artilheiros da Premier League dos sete anos anteriores – atrás de Harry Kane, Mohamed Salah, Sadio Mané, Son Heung-min, Sergio Agüero e Jamie Vardy. Era a oportunidade de liderar outro projeto rico e ambicioso, mas a transferência aconteceu na pior hora possível.

Sterling chegou com a chancela de Thomas Tuchel, demitido em setembro. Seguiu jogando com Graham Potter, mas seria atropelado pela avalanche de contratações de janeiro, além de ter sofrido um par de lesões na coxa. Frank Lampard terminou a temporada escalando-o, mas foi uma trajetória acidentada demais para que pudesse fazer alguma coisa relevante. Terminou-a com nove gols em 38 jogos. Pela Premier League, marcou seis vezes, sua pior produção desde que trocou o Liverpool pelo City e empatada com a segunda pior da carreira, à frente da campanha de estreia, em 2012/13.

Ainda é cedo para saber se voltará a ser o jogador que já foi, mas começou bem a temporada e pode ter um papel essencial principalmente pela experiência em um elenco tão jovem.

Luton Town não resistiu muito

Ainda sem poder jogar em seu estádio, sendo reformado para se adaptar às exigências da Premier League, o Luton Town levou duas pancadas até agora. Tudo bem que pegou equipes fortes e/ou ricas, como Brighton e Chelsea, e até brigou, mas não mostrou muita coisa que mude a percepção de que será muito difícil escapar do rebaixamento com um elenco tão modesto. Os Blues conseguiram vencer pela primeira vez na temporada sem fazer esforço.

Foi um domínio amplo dos donos da casa desde o começo. Sterling teve a primeira chance, pegando o rebote de uma cobrança de falta pela esquerda. Bateu de frente, forte e em cima do goleiro. Uma das poucas escapadas dos visitantes foi uma jogada individual de Tahith Chong, que bateu a carteira de Moisés Caicedo, invadiu a área, deu uma sambadinha e bateu torto. Aos 17 minutos, Sterling abriu o placar com uma linda jogada individual.

Recebeu a bola pela direita, cortou para dentro, passando no meio de dois marcadores, ajeitou e bateu de perna esquerda. Um gol merecido para o Chelsea que terminou o primeiro tempo um pouco mais travado, sem muitas situações agudas a seu favor ou contra. Não foi o período mais emocionante da partida. Nico Jackson inaugurou a etapa final exigindo uma boa defesa de Thomas Kaminski, e pouco depois, Enzo Fernández acertou a trave, em passe de Sterling.

Robert Sánchez fez a sua única defesa aos 16 minutos. Em uma boa jogada do Luton Town: Chong subiu pela direita e acionou Carlton Morris. O centroavante rolou para Adebayo, que deixou de lado para a chegada de primeira de Giles. A bola desviou antes de ser defendida pelo goleiro espanhol. Sem se assustar, o Chelsea ampliou com um cruzamento rasteiro de Malo Gusto para Sterling apenas empurrar às redes. Depois, ele serviu de garçom e centrou por baixo para Nico Jackson desviar e fazer 3 a 0.

Grande parte das 11 finalizações do Luton Town na partida saíram depois que o jogo estava resolvido.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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