Premier League

Pochettino reconhece inoperância do ataque e Chelsea deve ir às compras (de novo) em janeiro

Diante do Everton o Chelsea teve muita posse de bola, deu 16 chutes, mas sequer criou perigo para os adversário; por isso, Pochettino deve ir às compras para reforçar seu ataque em janeiro

As coisas estão cada vez piores para o Chelsea. No domingo (10) a derrota por 2 a 0 para o Everton, pela Premier League, acendeu novas luzes vermelhas para Mauricio Pochettino, treinador dos Blues. Não apenas por ser dominado por uma equipe que na teoria é mais fraca e ainda vive um conturbado momento fora de campo. Sim, já seria o bastante, mas são problemas repetidos e sucessivos que levam o argentino a uma preocupação que pode levar a mudanças mais drásticas em Stamford Bridge.

Sabemos que janeiro está chegando e, com ele, chega a possibilidade da chegada de novas contratações. O Chelsea é o time que mais gastou no mundo ao longo dos últimos doze meses, mas isso não parece ser o bastante para Pochettino, que chegou apenas na metade desde 2023 e ainda não conseguiu acertar com seus comandados. Não a toa, começou a falar de novas peças para seu elenco após a derrota diante do Everton.

No 2 a 0 deste último domingo chamou atenção um fato sobre o Chelsea: como o time é inoperante mesmo quando tem um suposto domínio do jogo. Foram nada menos do que 72% de posse de bola contra apenas 28% de um adversário que jogava em casa. Nada dessa dominância, no entanto, foi traduzida em gols ou até mesmo perigo real. Por conta disso, Pochettino deve focar em atacantes na próxima janela de transferências, que começa em 1º de janeiro e vai até o dia 31 do mesmo mês.

— É sobre melhorar. Estamos falando após quase quatro ou cinco meses, 16 jogos na Premier League, e é sobre avaliar (o elenco). Com todas as chances que tivemos, precisamos marcar se quisermos vencer o jogo e estar em uma posição diferente na tabela. É uma avaliação massiva desde o início da temporada e, em seguida, quando a janela de transferências abrir, ver o que podemos fazer. Não estou dizendo que vou pedir mais ou menos jogadores, mas é para ver se a percepção corresponde à realidade — afirmou Pochettino após a derrota para o Everton.

Números assustam e mostram a inoperância do ataque do Chelsea

Além dos 72% de posse de bola, o Chelsea teve nada menos do que 16 chutes ao longo de todo jogo diante do Everton, sendo que apenas quatro deles foram no gol adversário. Diante de tanto volume de jogo, esperava-se um pouco mais, mas segundo dados do Sofascore, o Chelsea não teve simplesmente nenhuma jogada que possa ter sido considerada uma grande chance clara — o que preocupa bastante Pochettino.

— Se não formos agressivos o suficiente, talvez precisemos fazer algo, algum movimento. Isso é algo para analisar com os diretores esportivos, com os proprietários, e ver o que podemos fazer para mudar essa dinâmica. Precisamos ser mais agressivos. Não é apenas dominar e jogar bem, é competir melhor — disse Pochettino ao avaliar o que considera ser as lacunas de seu elenco.

Quem o Chelsea trouxe para o ataque para esta temporada?

Não foram poucas as contratações do Chelsea para a atual temporada, feitas a partir de junho de junho de 2023. As focadas no ataque são as seguintes:

  • Nicolas Jackson, atacante, veio do Villarreal por 37 milhões de euros
  • Christopher Nkunku, meia-atacante, veio do RB Leipzig por 60 milhões de euros
  • Ângelo, ponta, veio do Santos por 15 milhões de euros
  • Deivid Washigton, atacante, veio do Santos por 16 milhões de euros
  • Cole Palmer, ponta, veio do Manchester City por 47 milhões de euros
  • Diego Moreira, ponta, veio do Benfica após final do seu contrato

Nkunku é um dos reforços que mais gerou expectativas, mas ainda não conseguiu estrear por conta de uma lesão sofrida ainda na pré-temporada. A expectativa do departamento médico do Chelsea é que ele tenha condições de jogo ainda em dezembro, mas nenhuma data é fixada. Ângelo foi emprestado ao Strasbourg, da França, clube que está no mesmo holding que o Chelsea faz parte. Moreira, assim como o brasileiro, foi emprestado para a França e está no Lyon.

Palmer, que veio do City, jogou 14 jogos até agora, sendo nove como titular, e soma cinco gols, sendo um dos pouco que vem se salvando nos Blues. Nicolas Jackson tem sido muito criticado pela quantidade de gols que perde, e fez 15 jogos, 12 como titular, balançando as redes em seis oportunidades. Por fim, Deivid washington atuou por apenas nove minutos diante do Brentford, em 28 de outubro e, claro, não fez gols.

A situação está cada dia mais complicada em Stamford Bridge.

Foto de Lucas de Souza

Lucas de SouzaRedator

Lucas de Souza é jornalista formado pela Universidade São Judas em São Paulo. Possui especialização em Marketing Digital pela Digital House, e passagens pelos sites Futebol na Veia e Futebol Interior.
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