Carimbou a faixa, e com gosto: Sterling brilhou contra ex-time, e City goleou o Liverpool
Com base na atuação desta quinta-fera, podemos deduzir que a festa do primeiro título inglês em 30 anos foi pesada. O Liverpool até começou bem o seu primeiro jogo após o fim do jejum, mas, ao sofrer o primeiro gol, virou presa fácil para um Manchester City com sede de vingança. Os bicampeões ingleses entregaram a faixa com um gigantesco carimbo aos seus sucessores: 4 a 0, com grandes atuações de Kevin de Bruyne e Raheem Sterling.
[foo_related_posts]Contra um adversário menos forte, a ressaca talvez não pesasse tanto, mas o Manchester City retornou em ótimo nível da paralisação e tinha um ponto a provar. Mais uma mensagem: parabéns pelo título, mas se prepare que na próxima temporada o desafio será mais difícil.
Quem aproveitou a situação foi Raheem Sterling. Desde que saiu do Liverpool, em 2015, costuma ser muito vaiado pela sua antiga torcida e não tem um bom histórico nesses jogos. Sem torcida no Etihad Stadium, de nenhum dos dois times, fez um gol, sofreu um pênalti e ainda chutou a bola que Alex Oxlade-Chamberlain desviou para suas próprias redes.
Foi o segundo gol de Sterling contra o Liverpool, o primeiro pela Premier League. O outro havia sido na Supercopa da Inglaterra, no começo desta temporada.
O começo da partida até passou a sensação de que o Liverpool manteria o rendimento da goleada sobre o Crystal Palace. Nos primeiros 20 minutos, Salah exigiu boa defesa de Ederson e acertou a trave. Logo depois, porém, Sterling recebeu dentro da área e deu um bom drible em Joe Gomez que o agarrou com muita determinação e cometeu um pênalti claro. De Bruyne cobrou e abriu o placar.
Depois do gol, o Liverpool meio que desencanou e, defensivamente, pareceu com o time de três anos atrás, muito frágil diante de contra-ataques, e o City aproveitou. O segundo gol saiu em uma rápida troca de passes verticais até Foden achar Sterling dentro da área. Ele driblou Gomez com facilidade e bateu no canto.
Antes do intervalo, Robertson tentou um bote seco em Foden, que tabelou bonito com De Bruyne e bateu da entrada da área para fazer o terceiro.
O tipo de lapso de Robertson foi comum em todos os setores do Liverpool. Houve um lance, no segundo tempo, em que Henderson deu um lindo passe para Mané, que, na cara do gol, simplesmente deixou a bola passar. Praticamente nenhuma jogada ofensiva encaixou do começo ao fim e Gomez nem voltou para a etapa final, substituído por Oxlade-Chamberlain, com Fabinho na defesa.
Foi curioso como os papéis se inverteram. O Liverpool, famoso por ser um time de ataques muito verticais, ficou com mais posse de bola no segundo tempo, e o Manchester City, time de Guardiola, sempre buscando ter a pelota, matou o adversário nos contra-ataques.
Situações em que jogadores do City saíram nas costas da defesa do Liverpool ou transições com superioridade numérica para o time da casa foram comuns. Em uma delas, De Bruyne cruzou para Foden, e Van Dijk teve que cortar em cima da linha.
Aos 30 minutos, o jogo acabou. Outra transição, De Bruyne achou Sterling dentro da área, e o drible em Robertson abriu espaço. O chute talvez fosse para fora, mas Chamberlain, ao tentar o corte, mandou para as próprias redes.
O resultado, naturalmente, não faz nenhum risco na ótima campanha do Liverpool, ainda com 20 pontos de vantagem para o segundo colocado, mas fica um pouco feio ser goleado pelo seu principal adversário. Talvez sirva como um pequeno chacoalhão para as rodadas restantes.
Enquanto isso, o Manchester City segue pegando ritmo para o mata-mata da Champions League, em agosto.
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