Premier League

Brighton domina a posse de bola, Wolves contra-atacam, e no fim o placar não muda em jogo da Premier League

Um 0 a 0 bem justo aconteceu na partida entre Brighton e Wolverhampton nesta segunda

O Falmer Stadium recebeu um jogo de encaixe tático perfeito nesta segunda-feira (22), pela 21ª rodada da Premier League. O Brighton, dono da casa, é o segundo clube com mais posse de bola no campeonato (média de 61,9%), enquanto o Wolverhampton, de jogo vertical, passa menos de metade do tempo com o domínio da pelota (46,9%). Tudo parecia certo para um grande jogo, mas não foi o que aconteceu, terminando em 0 a 0.

O roteiro foi exatamente o previsto: os Seagulls dominando a bola – terminaram com 72% – e o adversário se defendendo para contra-atacar. No entanto, faltou efetividade para os dois lados, acumulando poucas chances realmente claras.

O empate garantiu ao Brighton subir na tabela, indo para sétimo com 32 pontos, mesmo número do Manchester United e três atrás do West Ham. Em 11º antes do jogo começar, os Wolves não saíram do lugar.

Brighton domina posse, mas só assusta com bola parada

O Brighton de Roberto de Zerbi manteve sua característica com a posse no jogo, sem novidades táticas. Nesse momento com bola, a partir do grande círculo, a escalação era um 3-2-5 de muita movimentação. Saída de bola com os dois zagueiros Lewis Dunk e Jan Paul van Hecke junto do lateral-esquerdo Pervis Estupiñán, enquanto o direito Jack Hinshelwood subia para dar amplitude, com o experiente James Milner exercendo essa função do outro lado. À frente dos zagueiros ficavam Billy Gilmour e Pascal Grob, municiando o trio João Pedro, Facundo Buonanotte e Danny Welbeck flutuando por dentro.

O Wolverhampton, uma equipe naturalmente de contra-ataque, ficou confortável na sua proposta de se fechar em um 5-2-3 (ironicamente, formação contrária a do adversário no momento com bola). A aposta era clara: tentar acionar o mais rápido possível o veloz e habilidoso Pedro Neto, titular pela primeira vez desde outubro.

O cenário da partida seguiu o que todo mundo esperava, mas o Brighton praticamente não dava chances aos Wolves atacarem. Rodavam a bola, colocavam muita gente na última linha, mas só encontraram os primeiros espaços na bola parada, com tentativas perigosas em falta e escanteio – neste, um desvio para segunda trave chegou em Buonanotte, que cabeceou na pequena área e um corte no último segundo impediu o gol.

Wolves x Brighton
Brighton teve as melhores chances no primeiro tempo (Foto: Divulgação/Wolves)

O perigoso contra-ataque do visitante só deu efeito aos 21 minutos. Como sempre, Neto colocou velocidade, cortou para dentro e bateu colocado de canhota. A bola passou bem perto da trave de Jason Steele. Apesar do susto, os Seagulls voltaram a chegar perto na bola parada. Uma cobrança de Grob, na lateral, quase surpreendeu José Sá, que mandou para escanteio.

A troca de passes por dentro do Brighton também era perigosa pelo alto número de jogadores no setor, além da qualidade técnica. Mais de uma vez houve interessantes tramas de toques rápidos, mas nada que exigisse grande defesa de Sá, que, no máximo, encaixou uma tentativa de João Pedro no meio do gol, já depois dos 42. Seguindo até os 47 minutos, o placar do jogo permaneceu zerado.

Wolverhampton cria melhores chances, mas peca na finalização

Apenas 20 segundos do segundo tempo foram necessários para os Wolves criarem suas melhores chances no jogo . Brighton vacilou no meio-campo e perdeu. O visitante acelerou com Pedro Neto na direita, que levou até a linha de fundo e cruzou para Matheus Cunha finalizar em cima de Steele. Na sobra, o atacante brasileiro, contestado pela marcação de Van Hecke, mandou por cima do gol.

A etapa final seria de um Brighton ainda mais forte na posse de bola, finalizando com quase 80%, mas, do outro lado, o Wolverhampton seria mais incisivo e terminaria com mais finalizações, certas ou não, no recorte do segundo tempo – 5 (2) x 4 (1).

O time de fora ainda teria outra grande oportunidade com Cunha, nos minutos finais, quando um contra-ataque mortal terminou com o brasileiro driblando o goleiro, mas errando novamente o alvo.

No fim, o 0 a 0 foi justo pela pouca inspiração dos dois times.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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