Aston Villa tem duas escolhas: vencer o Forest ou (praticamente) abrir mão de seu sonho

Quando entrar em campo neste sábado (24) para enfrentar o Nottingham Forest, o Aston Villa tentará, de uma vez por todas, acabar com a instabilidade que se abateu sobre o time em 2024. Vindo de uma primeira metade de temporada irretocável, que rendeu até mesmo liderança de Premier League em dado momento, o Villa caiu de produção e, hoje, vê sua vaga na próxima edição da Champions League sob ameaça real — e não mais vinda de apenas um time, mas dois.

Ter saído vencedor do duelo contra Fulham, pela rodada anterior da Premier League, deu algum respiro ao Aston Villa. Mas não deu folga alguma ao time comandado por Unai Emery, que pode ver sua vaga no G4 do Campeonato Inglês evaporar do dia para a noite com um simples tropeço, o que tornaria uma temporada que tem tudo para ser histórica no processo de recuperação da equipe em uma decepção completa.

E se o Aston Villa se reergueu depois de anos na segunda divisão e hoje disputa no alto da tabela da Premier League, pode-se dizer que este é o objetivo de outro gigante que ficou muito tempo adormecido na Inglaterra, o Nottingham Forest. O bicampeão europeu viveu mais de década fora da elite, retornou na última temporada e tem nesta, como objetivo claro, se estabalecer de vez como uma equipe de primeira divisão. Tirar pontos do Villa, no atual contexto, seria excelente para atingir a meta.

Como o Aston Villa chega para o jogo contra o Nottingham Forest?

É bem verdade que 2024 não tem sido um bom ano para o Aston Villa, mas as coisas ainda não desabaram de vez. A vitória diante do Fulham foi apenas a segunda na Premier League desde que o ano começou, o que explica bem a má fase atual vivida pela equipe de Unai Emery. Se fechou 2023 lutando pelo título do Campeonato Inglês, e isso sem exageros, agora luta quase que cabeça a cabeça para ter uma vaga na próxima edição da Champions League.

O preocupante do desempenho recente do Aston Villa é que, contra times de força parelha ou superior, a equipe tem jogado pontos no lixo. Foi assim na eliminação para um inferior Chelsea na Copa da Inglaterra, assim como nas derrotas, estas pela Premier League, diante de Newcastle e Manchester United, clubes que estavam (e ainda estão) atrás, mas dominaram tranquilamente o Villa — e pior de tudo: com os comandados de Unai Emery jogando dentro de sua casa.

Com duas vitórias, duas derrotas e um empate nos últimos cinco jogos que fez na Premier League, o Aston Villa deu adeus à luta pelo título, está apenas dois pontos na frente do quinto colocado Tottenham e viu o Manchester United, hoje sexto lugar, diminuir a distância para cinco pontos, ainda levemente confortável, mas perigosa dada as fases opostas dos dois times. Hoje, em casa e contra um adversário da parte de baixo da tabela, é vencer ou ver o sonho de voltar à Champions League virar areia e escorrer pelos dedos, como foi com o de ser campeão inglês novamente.

Como o Nottingham Forest chega para o jogo contra o Aston Villa?

Depois da vitória diante do Manchester United no já distante 30 de dezembro do ano passado, o Nottingham Forest voltou a vencer pela Premier League apenas no último final de semana, quando bateu o West Ham por 2 a 0, agravou de vez a crise no rival londrino e respirou (um pouco) na tabela do Campeonato Inglês. Agora, contra um dos times que está na parte de cima no torneio, um empate já seria suficiente para muita comemoração por parte do Forest.

Isso porque o rebaixamente é, sem dúvidas, um medo para lá de real para o Nottingham Forest. O time ainda não engrenou sob o comando do técnico português Nuno Espírito Santo e, por conta disso, está sim ameaçado pelo descenso. São poucos pontos de vantagem para Luton Town (este com um jogo a menos) e Everton, duas equipes que brigam por sobrevida na Premier League. Aqui, é justo considerar que Burnley e Sheffield United são dois virtuais rebaixados, o que faz restar apenas uma vaga para a queda para a segunda divisão na próxima temporada.

E um dos pontos aos quais o Nottingham Forest pode se apegar para sonhar em ser feliz e continuar na Premier League na próxima temporada é o fato de que, apesar de não estar rendendo, a equipe possui algum talento, principalmente com alguns jovens jogadores. Por exemplo, o zagueiro brasileiro Murillo, um dos melhores da posição no Campeonato Inglês e que já desperta olhar de times maiores; ou no meio-campo, com o também brasileiro Danilo finalmente se acertando ao lado dos bons Anthony Elanga e Callum Hudson-Odoi. Não é time para lutar em cima, mas também não é para ser rebaixado. Tirar pontos do Aston Villa, fora de casa, seria um começo e tanto para engrenar essa fuga.