Premier League

Ressuscitado por um erro, Arsenal buscou empate improvável contra o Chelsea

Os donos da casa pareciam no controle em Stamford Bridge, vencendo por 2 a 0, até um erro de Robert Sánchez impulsionar o Arsenal à reviravolta

Durante quase 80 minutos, o Chelsea fez o melhor jogo do trabalho de Mauricio Pochettino e parecia caminhar para uma vitória marcante contra o rival Arsenal no Stamford Bridge, mas um erro do goleiro Robert Sánchez ressuscitou os Gunners, acostumados a reviravoltas desde a excelente campanha da última temporada. O empate por 2 a 2 não deixou ninguém feliz, ao mesmo tempo em que refletiu o momento dos dois clubes.

O Arsenal está de bem com a vida, com grandes ambições em vista, e precisou apenas de uma faísca para recuperar a confiança, lembrando alguns resgates que o mantiveram na briga pelo título com o Manchester City, como contra o Manchester United em janeiro ou Aston Villa em fevereiro. O Chelsea está exatamente no lugar oposto. A bagunça do ano que se passou derrubou a moral em Stamford Bridge, e bastou um lance para o time jovem e ainda em construção de Pochettino desmoronar.

O Chelsea perdeu a oportunidade de somar apenas sua segunda vitória nos últimos nove clássicos contra o Arsenal. Os Gunners empataram em 21 pontos com o Manchester City, com o Liverpool na sequência, com 20. O Tottenham pode assumir a liderança isoladamente se vencer o Fulham na segunda-feira.

Chelsea parece no comando

O Chelsea teve o começo dos sonhos, quando Mudryk chegou cabeceando um cruzamento dentro da área, e William Saliba bloqueou com o braço bem aberto. A partida seguiu por alguns minutos, até o árbitro Chris Kavanagh ter a chance de confirmar o pênalti. Cole Palmer abriu o placar. Após o começo favorável dos donos da casa, o Arsenal começou a abrir as asinhas.

Rice invadiu a área pela esquerda e tentou um cruzamento com a parte de fora do pé. Pegou mal e quase fez o gol por acaso. Seis minutos depois, Ben White cruzou da direita, Gabriel Jesus recebeu e, quase na cara do gol, foi bloqueado na hora da finalização que tinha grandes chances de gerar o empate.

O Chelsea seguia perigoso. Gallagher conduziu bem pela região central e soltou na hora certa para Palmer, que dominou e bateu cruzado, bem perto da trave. Gallagher chegou a exigir uma ótima defesa de David Raya à queima-roupa, mas estava em posição de impedimento. No segundo tempo, o meia de 23 anos, um semi-veterano em meio a tanta garotada, carregou pela esquerda e abriu na ponta com Mudryk, que claramente tentou o cruzamento para Sterling na segunda trave. A bola pegou curva e passou por trás de Raya para o segundo gol do Chelsea.

O goleiro espanhol quase entregou o terceiro gol para Palmer, em um erro crasso na saída de bola, e, naquele momento, o Chelsea parecia no controle. Claro que o Arsenal pressionava, mas conseguia muito pouco contra a unidade competitiva, intensa, organizada e concentrada dos donos da casa. Nico Jackson chegou a ficar cara a cara com Raya, que conseguiu desarmá-lo com facilidade.

E aí, tudo mudou

No entanto, um jogo que parecia decidido foi completamente aberto pelo erro de Roberto Sánchez. Um passe ruim na direção de Declan Rice, que bateu de primeira de fora da área, contra o gol vazio, e descontou para o Arsenal. Poucos minutos depois, os visitantes recuperaram no campo de ataque, Saka recebeu na ponta direita e cruzou fechado para Leandro Trossard completar na segunda trave.

Era até incrível como a maré da partida havia virado de repente porque o Arsenal ficou a centímetros de passar à frente. Eddie Nketiah perseguiu o lançamento de White, nas costas da defesa, e, apesar da pressão de Thiago Silva, conseguiu se esticar para bater cruzado. Rente à trave.

Os minutos finais foram nervosos, e o Chelsea conseguiu se reorganizar para pelo menos segurar um ponto. Mas havia jogado tão bem que com certeza esperava muito mais.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo