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Nem as velhas certezas salvaram o Manchester City da derrota

Tudo bem que a situação está complicada do lado vermelho de Manchester. No entanto, o lado azul também começou dando mais desconfianças a sua torcida do que deveria. É verdade que o Manchester City venceu suas duas primeiras partidas pela Premier League, mas, embora tenha derrotado o Liverpool de maneira categórica, não foi tão convincente ante o Newcastle. E sofreu seu primeiro tropeço neste sábado. Dentro de casa, os Citizens foram batidos pelo Stoke City por 1 a 0, desperdiçando pontos importantes na competição.

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Foi uma partida daquelas que o City não costuma perder. Para começar, porque os azuis atuavam em casa, onde tinham perdido apenas três jogos pela Premier League desde 2011. Além disso, foi um jogo no qual os anfitriões pressionaram o tempo todo, tendo muito trabalho para vencer a bem armada retranca do Stoke. Pior, os Citizens não puderam nem mesmo se valer do artifício que sempre garantiu vitórias apertadas no campeonato: Yaya Touré, em tarde inspirada.

Apesar das notícias de que estava descontente no City, o marfinense mostrou que ainda é o protagonista da equipe. Foi ele quem criou a maior parte das chances de gol do time de Manuel Pellegrini, arrancando em velocidade e arriscando bastante nos chutes. Contudo, o mais próximo que o camisa 42 chegou foi ao carimbar o travessão de Asmir Begovic. No final, o volante até tentou descolar um pênalti, mas o árbitro não marcou, sob muita reclamação dos anfitriões.

O triunfo do Stoke foi definido em uma excelente jogada individual de Mame Biram Diouf. O atacante partiu em velocidade ainda da intermediária de seu campo e, sozinho, puxou o contra-ataque. Passou por dois marcadores e tocou por baixo de Joe Hart, em um lindo gol. Não atenua, entretanto, a ineficiência do City, que teve o jogo em seus pés e não conseguiu a vitória.

É evidente que os Citizens ainda sentem o começo de temporada. Agüero esta voltando de lesão e está bem distante de seu melhor, assim como Jovetic não repetiu a atuação inspirada da última segunda-feira. De qualquer forma, Pellegrini conseguiu conquistar o último título por transformar um time cheio de individualidades em um bom coletivo. E a última coisa que a torcida quer é rever o City tão dependente dos lampejos individuais, como era nos (piores) tempos de Roberto Mancini.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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