Inglaterra

Na virada espetacular sobre a Alemanha, Inglaterra mostra que tem opções de sobra no ataque

A renovação da seleção inglesa segue a todo vapor, e os garotos comandados por Roy Hodgson terão o seu primeiro grande desafio na Eurocopa da França. O amistoso deste sábado contra a Alemanha, no entanto, foi um belo aperitivo. A Inglaterra enfrentou a seleção campeã mundial, em Berlim, de igual para igual, apresentando um bom futebol e mostrou os brios necessários para alcançar uma virada espetacular nos últimos minutos, depois de estar perdendo por 2 a 0. Dier, de cabeça, fechou o placar em 3 a 2 para os visitantes.

LEIA MAIS: As próprias lendas dos títulos europeus do Forest vão boicotar aniversário elitista do clube

Foi uma atuação para deixar a torcida inglesa cheia de esperanças para o torneio francês daqui a alguns meses. A Inglaterra mostrou uma ótima postura tática, ideias com a bola no chão, e principalmente, dois atacantes em grande fase. Harry Kane e Jamie Vardy mostraram os seus recursos com dois belos gols para empatar, antes do lance decisivo de Dier. Mostraram, também, que Hodgson tem opções de sobra para o setor ofensivo, considerando que Daniel Sturridge ficou no banco de reservas e Wayne Rooney está machucado.

Kroos abriu o placar no final do primeiro tempo, com um chute de fora da área que o goleiro Jack Butland poderia ter defendido se tivesse pulado mais cedo. Apesar de a Inglaterra criar chances e levar perigo a Neuer, quem marcou o gol seguinte foi a Alemanha, com Mario Gomez. A derrota parecia encaminhada, mas os dois artilheiros da Premier League decidiram abrir a caixa de ferramentas para tratar disso.

Primeiro, Kane, líder da tabela de goleadores do torneio nacional com 21 gols, girou dentro da área com muita rapidez, iludiu a marcação com um belo drible, e chutou cruzado, longe do alcance de Neuer. Em seguida, Clyne apareceu na ponta direita e cruzou um pouco atrás de Vardy, segundo artilheiro da Premier League, com 19. Mas o atacante do Leicester nem ligou para isso e completou o lance com um lindo toque de letra. Nada mal para um primeiro gol pela sua seleção: contra a campeã mundial, contra o melhor goleiro do mundo e desse jeito maravilhoso e criativo.

 

Dier completou o escanteio batido por Henderson, nos acréscimos, para concretizar a virada por 3 a 2. Uma vitória essencial para a moral da seleção inglesa, que passa por uma transição de gerações e não tem muitos bons resultados em grandes competições internacionais para se apoiar nos últimos anos. Ainda há problemas no time, como a irregularidade da juventude e uma defesa propensa a falhar. Sem falar que a história recente mostra uma certa tendência da seleção inglesa a decepcionar quando as expectativas são altas.

Mas existe potencial, existe qualidade e existem atacantes. Kane e Vardy, representantes de Tottenham e Leicester, respectivamente, as duas sensações da Premier League, não se esconderam em um jogo difícil. Ainda há Sturridge, tentando retornar à boa forma pelo Liverpool, e a experiência de Rooney que, diante da concorrência, talvez seja mais importante fora de campo do que dentro dele.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo