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Manchester United vê Mason Mount como meio-campista completo e ainda cumpre cota de ingleses

Inscrição na Premier League exige ao menos oito jogadores formados no Reino Unido, o que Mount cumpre e ainda adiciona características que Ten Hag queria

O Manchester United enfim anunciou a contratação de Mason Mount, meia do Chelsea. Aos 24 anos, ele chega com contrato de cinco anos, com opção de mais um ano. O jogador era importante no Chelsea e chegará com uma grande responsabilidade (e uma maldição): vestir a camisa 7. Só que a sua contratação é importante por um aspecto crucial na Premier League: a cota de ingleses.

Contratação de mason Mount atende a cota de ingleses

Se você já jogou Football Manager na Premier League, está familiarizado com uma regra que se repete em outros países, como a Itália: a cota de jogadores locais na inscrição de jogadores. São 25 jogadores inscritos por clube, além dos jogadores da base (jogadores sub-21 da base não precisam ser inscritos no elenco principal). Desses 25, oito jogadores precisam necessariamente ser jogadores formados no Reino Unido, uma cota que eles chamam de homegrown (formado em casa, em tradução livre). Mount é importante porque preenche essa cota.

Essa regra foi a responsável por fazer com que jogadores ingleses (ou britânicos) sejam disputados pelos clubes da Premier League. Eles precisam preencher essa cota e, para qualificar o grupo, é importante que jogadores de peso sejam britânicos ou formados no Reino Unido. Por isso, jogadores ingleses acabam tendo um valor maior dentro do mercado da Premier League.

Foi por isso que o Chelsea valorizou tanto o jogador. O Manchester United teve três propostas recusadas antes dos clubes, enfim, se acertarem em £60 milhões. O Chelsea dificultou o negócio e os Red Devils acreditavam que pedir além de £55 milhões não era razoável. Até porque o jogador estava no seu último ano de contrato e claramente queria seguir para Old Trafford.

Assim, o Manchester United sondou outros potenciais alvos. Perguntou por Moises Caicedo, do Brighton, muito embora pessoas envolvidas nos contatos duvidassem de uma proposta efetiva pelo equatoriano, muito cotado no mercado. Adrien Rabiot também esteve nos planos e foi sondado, mas a sua renovação com a Juventus interrompeu essa possibilidade. Tudo isso, porém, era uma forma de também forçar a mão do Chelsea, que precisa negociar jogadores depois de duas janelas gastando demais.

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Onde Mount pode jogar no Manchester United?

Mason Mount era o principal alvo do Manchester United para melhorar o seu meio-campo. Conseguiram o convencer sobre a mudança para Old Trafford, uma parte importante do processo, mas o Chelsea foi mais difícil. Havia o temor no clube do norte que a negociação se arrastasse até o início da pré-temporada. Se fosse além disso, poderia mudar o alvo.

O técnico Erik Ten Hag ligou para Mount para contar sobre o projeto e sua ideia. O técnico o conhecia desde que ele foi emprestado pelo Chelsea o Vitesse Arnhem, na temporada 2016/17. O seu primeiro gol como profissional foi em um jogo contra o Utrecht então dirigido por outubro de 2017. Ele seria escolhido como técnico do Ajax em dezembro.

Ten Hag tem características de um camisa 8 com capacidade ofensiva e defensiva e ele vê Mount como um meio-campista moderno, que é bom com e sem a bola. O departamento de recrutamento do Manchester United apoiou a visão sobre o jogador, de 24 anos, por ser um jogador com perfil e com caráter certos.

A forma como Mason Mount pode ser usado vai depender de como o técnico Erik Ten Hag vai jogar. De acordo com o histórico que temos, ele pode atuar tanto no lugar de Christian Eriksen, mais recuado ao lado de Casemiro, quanto no lugar de Bruno Fernandes, mais adiante.

Eventualmente, o técnico pode armar um esquema tático em triângulo no meio, com Casemiro recuado à frente da defesa e Mason Mount e Bruno Fernandes no centro, avançando e se revezando na chegada ao ataque.

Chega para brigar por um lugar no time titular e, pela confiança de Ten Hag, deve começar assim a temporada. Embora vista a camisa 7, ele será mais um camisa 8, atuando no centro do campo e atuando nos dois lados do campo, com ataque e defesa entre suas tarefas.

Embora não seja uma superestrela, Mason Mount pode sim ser muito útil ao Manchester United. É um jogador capaz de entregar bons desempenhos e mostrou isso no Chelsea. Foi decisivo na final da Champions League contra o Manchester City, em 2021, quando deu o passe para Kai Havertz marcar o gol da vitória.

Ten Hag usou os exemplos de Casemiro e Eriksen para convencer Mount que ele quer jogador que queiram jogar no United e que pode os fazer render. O jogador parece convencido. Agora, é ver como será em campo.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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