Feitos para a Premier League, D. Costa e Fàbregas tornam o início do Chelsea imparável

O Chelsea foi mais contido no último mercado de transferências do que em seu auge de gastança. Não quer dizer que os Blues investiram pouco. Porém, os € 110 milhões desembolsados por Roman Abramovich foram muito bem empregados por José Mourinho e sua comissão técnica. Mais do que reforçar o elenco, os londrinos sanaram as principais carências com as novas peças. Acabaram montando um excelente grupo, que vai dando seus resultados logo de cara na Premier League. As quatro vitórias em quatro jogos, com grande atuação dos novatos na goleada por 4 a 2 sobre o Swansea, servem de prova concreta.
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Afinal, o duelo com o Swansea em Stamford Bridge se desenhava difícil. Eram os únicos times com 100% de aproveitamento na Premier League e os galeses pareciam não querer perder a marca. Um gol contra de John Terry deu a vantagem para os visitantes, que criaram as melhores chances na primeira hora de jogo, principalmente com Bafetimbi Gomis. Mas só até os novatos do Chelsea resolverem aparecer.
Diego Costa parece mesmo feito para a Premier League, pelo estilo rompedor e a intensidade impressionante. O centroavante mantém a excelente fase do Atlético de Madrid e, com senso de posicionamento acima do comum, marcou os três primeiros gols do Chelsea. Em quatro partidas, chegou a sete tentos na competição, a maior marca desde que a PL foi criada, em 1992/93. Atingiu uma marca que Drogba precisou de 24 partidas para chegar no clube e Fernando Torres, de 44.
O principal parceiro de Diego Costa em números tão impressionantes é Cesc Fàbregas, outro que parece jogar muito acima de seu nível na Premier League. O espanhol deu as assistências para os dois primeiros tentos do atacante e chegou a seis assistências em quatro rodadas do campeonato. A forma como vai ditando o ritmo do time e criando chances para os companheiros impressiona, sobretudo por tornar rapidamente passado as desconfianças vividas com o Barcelona nos últimos anos.
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Ao lado da dupla, quem também jogou muito foi Eden Hazard. Esta sim parece ser a grande temporada do belga em Stamford Bridge, bem mais decisivo nas partidas. Além de afinado nas jogadas com Diego Costa e Fàbregas, o camisa 10 também foi fundamental para o quarto gol do Chelsea, arrancando pela ponta antes de rolar para Oscar e o brasileiro servir Loïc Rémy, balançando as redes logo em sua estreia pelo clube. O francês, aliás, deve ser o substituto ideal para Diego Costa, ao combinar mobilidade e força física. Sombra enorme no banco de reservas, Didier Drogba será uma opção a mais para reforçar a presença de área.
Passadas quatro rodadas, nenhum time tem um elenco tão encaixado quanto o Chelsea neste começo de temporada. É claro, os ajustes no time ainda precisam ser feitos. Porém, José Mourinho parece contar com as peças perfeitas para isso. Por mais que a equipe patine em algumas partidas, como foi no início desta, há talentos individuais para buscar as vitórias. Diego Costa e Fàbregas, principalmente, aumentam a confiança de que o título poderá voltar a Stamford Bridge nesta temporada.