Se é que um dia de 2013 houve briga pelo título da Premier League, o Manchester City pode tirar o cavalinho da chuva após a derrota de domingo para o Tottenham, em White Hart Lane. Os 13 pontos (que podem virar 16 com uma vitória do United diante do Aston Villa nesta segunda-feira) há muito revelam o contraste entre os rivais mancunianos na tabela.
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Ao perder para os Spurs, os Citizens viram a moral conseguida no dérbi de semana passada ruir com uma atuação decepcionante. Mas durante os 90 minutos, não foi bem assim que as coisas procederam para os comandados de Roberto Mancini. Com um bom começo, os visitantes saíram na frente logo aos cinco minutos com Nasri e controlaram as ações em Londres até o intervalo.
Sabe-se lá o que Mancini disse na palestra antes do segundo tempo, mas o efeito foi devastador na postura do time que voltou em vantagem para os 45 minutos finais e terminou a partida com um revés que deveria servir de lição para o fim desta e o início da próxima temporada.
É difícil explicar o apagão (ou a falta de interesse) do City em administrar o resultado. Lidando com um Tottenham ofensivo e elétrico, sem falar na volta de Bale aos onze iniciais, os comandados de Mancini foram alvo de duras críticas do chefe, que saiu de campo com mais uma dor de cabeça: refazer o trabalho de confiança e concentração do seu grupo.
“A principal razão para este contraste é a nossa atitude”
Ao repercutir a iminência do título dos Red Devils, o técnico foi enfático: “Não temos uma vantagem em relação ao United. Nos últimos dois ou três anos temos sido superiores, jogamos melhor até quando perdemos. Perdemos no último minuto mais cedo nesta temporada e ano passado vencemos sem dificuldade. A principal razão para esse contraste [13 pontos] na tabela é a nossa atitude. Eles queriam muito conquistar o título e conseguiram. Começaram este campeonato com o mesmo empenho que terminaram o último. São muitas explicações para isso, mas repito que eles mereceram.”
Para Mancini, a disputa terminou há tempos, e ele parece nem querer se dar ao trabalho de assistir o encerramento da jornada entre United x Villa: “Estava tudo decidido três ou quatro semanas atrás. Se vou ver o confronto deles contra o Villa? Se estiver em casa, talvez. Não vai significar nada para nós. Queríamos ganhar isso, mas o que podemos fazer agora? Podemos apenas parabenizá-los. Quando você vence, é porque mereceu, mas confesso que no futebol você às vezes precisa ter sorte. É como a vida, eles não venceram só por isso. Tiveram essa atitude pois foram derrotados na última edição”, lamenta.
Se semanas atrás o italiano disparava dizendo que a vantagem absurda do United na liderança era de certa forma injusta, após o 3 a 1 diante dos Spurs ele tenha sido trazido de volta à realidade. E nesse contexto, há muito o que se trabalhar em torno de um time que quer voar além da Inglaterra e buscar a glória internacional.
