Demissões do Manchester United podem dar fim à passagem mais longeva do clube
Sir Jim Ratcliffe, dono dos Red Devils, colocou em prática reestruturação que pode resultar ao fim de centenas de empregos

A reestruturação promovida por Sir Jim Ratcliffe no Manchester United pode colocar fim a uma trajetória de mais de quatro décadas. Segundo informações do jornal inglês “Daily Mail“, Marie Marron, funcionária com 46 anos de serviços prestados ao clube, está entre os nomes que podem ser desligados ao final da temporada.
À medida que a nova direção intensifica seus cortes internos, o número de demissões passa das centenas desde que o empresário britânico chegou ao clube, em fevereiro de 2024.
Mais demissões no Manchester United
Marron atua como administradora de futebol e é considerada uma peça chave nos bastidores do United, responsável por manter o elo entre o clube e entidades nacionais e internacionais como a Federação Inglesa de Futebol (FA), Uefa e Fifa.
Sua presença foi marcante em momentos históricos da equipe, como a icônica final da Champions League de 1999, em Barcelona. De acordo com o Mirror, ela esteve com a delegação na Espanha nesta semana, acompanhando a vitória por 3 a 0 sobre o Athletic Bilbao na Liga Europa.

Se confirmada, sua saída encerraria um vínculo iniciado em 1978, em uma lista cada vez menor de rostos familiares em Old Trafford. A única funcionária que a superou em longevidade foi a recepcionista Kath Phipps, falecida neste ano, após 55 anos de serviço.
A possível demissão de Marron ocorre em meio a uma série de cortes promovidos por Ratcliffe, que assumiu parte do controle do clube há pouco mais de um ano. Estima-se que até 200 funcionários possam ser desligados na nova fase de enxugamento, que já afetou nomes importantes dentro e fora de campo.
Entre os dispensados estão o ex-técnico Erik ten Hag, o diretor esportivo Dan Ashworth e até mesmo membros da equipe de apoio, como Richard Hawkins (diretor de inovação) e David Harrison (operações de futebol). Até mesmo Sir Alex Ferguson foi impactado e perdeu seu contrato de embaixador do clube.
Além das mudanças em Manchester, Ratcliffe também parece disposto a reformular sua participação no futebol europeu. Segundo veículos britânicos, o bilionário colocou o Nice, da França à venda, com expectativa de arrecadar cerca de 213 milhões de libras.
A possível saída de Marron pode não ser apenas o fim de uma longa história profissional, mas também o sinal de uma ruptura mais profunda entre o Manchester United e suas raízes institucionais, algo que tem sido criticado por torcedores e ex-membros do clube.