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Contra-ataques e Agüero deram uma vitória tranquilizadora ao Manchester City

Seria muito desagradável para o torcedor do Manchester City se o seu time fizesse uma campanha história na Champions League ao mesmo tempo em que escorrega na Premier League e fica fora da edição seguinte do torneio europeu, justamente quando terá pela primeira vez no banco de reservas Pep Guardiola, um especialista da competição. Por isso, a vitória por 3 a 0, em Stamford Bridge, contra o Chelsea, serviu para amenizar esses temores.

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O quinto colocado Manchester United havia vencido o Aston Villa, como se esperava, e estava a apenas um ponto de distância antes do pontapé inicial. Pior: o City vinha de duas vitórias seguidas pela Premier League, o que poderia ser um sinal de boa fase, mas também poderia significar a iminência de um tropeço. Afinal, muito irregular, desde setembro o time de Manuel Pellegrni não conseguia enfileirar três vitórias pela liga nacional.

Finalmente conseguiu e contra um adversário complicado. Com todos os problemas, o adversário ainda era o Chelsea, em Stamford Bridge, onde não perdia há oito partidas pelo Campeonato Inglês. Marca que foi sendo demolida tijolo a tijolo com os contra-ataques velozes do Manchester City, puxados por um Kevin de Bruyne em magnífica forma e concluídos por um Sergio Agüero que não para de marcar gols.

O Chelsea de Hiddink simplesmente não conseguiu anular essa jogada. A transição do City foi veloz e precisa, quando a bola era recuperada. O primeiro gol quase saiu em um desarme de Yaya Touré na intermediária defensiva, que se transformou em lançamento para De Bruyne travar um duelo de belgas, cara a cara com Courtois. O goleiro prevaleceu. Em outro lance, Agüero achou Nasri nas costas da defesa, para nova intervenção do arqueiro.

O perigo era real, e caso nada mudasse, os gols seriam uma questão de tempo. A jogada começou em um escanteio para o Chelsea. De Bruyne ficou com a bola, tabelou com Agüero, avançou pela direita e tocou de volta para o argentino, que ainda puxou à perna direita e contou com um desvio da defesa para vencer Courtois. Da própria área novamente, De Bruyne deu drible da vaca, soltou com Nasri, que achou Agüero nas costas da defesa para o segundo gol. Fernandinho ainda arrancou do meio-campo, driblou Courtois e foi derrubado. O goleiro belga recebeu cartão vermelho, e Agüero, a chance de fazer a sua tripleta, a terceira que o Chelsea sofreu em casa em toda a história da Premier League.

O Chelsea está praticamente de férias, com poucas chances de conseguir vaga em competições europeias e possibilidades meramente matemáticas de ser rebaixado. Dá rodagem a jovens jogadores, já pensando na próxima temporada. E no mesmo espírito, o Manchester City consolida-se entre os quatro primeiros – pode subir à terceira posição se o Arsenal não vencer o Crystal Palace – e ainda tem o Newcastle e o Stoke City para assegurar o futuro antes de pensar no presente, no jogo de ida da semifinal da Champions League, em 26 de abril, contra o Real Madrid.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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