Chelsea se livrou de uma bucha, mas Broja pode ser útil ao Fulham
Em negócio que soa como 'bom para todos', Chelsea empresta Broja ao Fulham até o fim da temporada

No último dia da janela de inverno, o Fulham realizou movimento interessante no mercado de transferências e acabou ‘fazendo um favor' ao seu arquirrival, o Chelsea. Com aval de Marco Silva, os Cottagers acertaram o empréstimo de Armando Broja até o final da temporada. Segundo Fabrizio Romano, a transação ficou na casa dos 4 milhões de libras.
Apesar da boa vontade de Mauricio Pochettino, Broja não conseguiu deslanchar no Chelsea. Pelo contrário. Além da baixa média de gols (apenas dois em 19 jogos na temporada), o atacante albanês acumulou atuações discretas e irregulares, e nunca provou ser um camisa 9 (na acepção do termo) confiável, apesar do potencial demonstrado durante o empréstimo ao Southampton em 2021/22.
Dito isso, o Chelsea consegue ‘se livrar' (ao menos provisoriamente) de Broja e aliviar sua folha salarial nas últimas horas da janela. Ao mesmo tempo em que o Fulham recebe um jogador que pode estar longe de ser o atacante dos sonhos do torcedor, mas que certamente chega ao clube motivado com a nova oportunidade, disposto a mostrar seu valor e lutar por espaço. Em um primeiro momento, o movimento me parece positivo para as três partes envolvidas no negócio. Porém, futebol é futebol. Veremos no que dará essa história…
Saída de Broja é boa notícia para Nicolas Jackson
O Chelsea fez uma verdadeira reformulação em seu elenco antes do início da temporada 2023/24. Muitos nomes de peso deixaram o clube, enquanto diversos jovens ingressaram no projeto liderado por Todd Boehly (dono dos Blues) e Mauricio Pochettino. Entres eles está Nicolas Jackson, jovem atacante que se destacou no Villarreal em 2022/23. Os Blues pagaram pouco mais do que a multa rescisória de 30 milhões de libras do jogador senegalês, que assinou contrato válido por oito temporadas.
Jackson tem 22 anos de idade e rapidamente se tornou o titular do comando de ataque do Chelsea. Talvez não por seu futebol, mas pela falta de opções de Pochettino no setor. Além do senegalês, o técnico só contava com Broja que, como citado, não conseguiu aproveitar as chances que lhe foram dadas. O ex-Villarreal não caiu nas graças do torcedor dos Blues até o momento, mas agradou (bem) mais que o albanês. Seus números não são ruins e mostram que o potencial de crescimento existe – em 23 jogos, marcou oito gols e concedeu duas assistências.
A ideia inicial de Pochettino era de que Broja fosse uma espécie de ‘sombra' para Nicolas Jackson. Afinal, estamos falando de dois jovens atacantes que ainda estão em processo de evolução e maturação. No entanto, a verdade é que isso não aconteceu. O albanês, que sempre recebeu elogios e palavras de incentivo do técnico argentino, até viveu bons momentos ao longo dessa temporada. Mas logo caiu de produção e mostrou ser inferior a Jackson, que não só venceu a concorrência interna, como viu o agora ex-colega deixar o Chelsea.
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Instabilidade dos atacantes do Fulham faz Broja sonhar com dias melhores
Quem bate o olho nas opções de ataque de Marco Silva no Fulham automaticamente pensa que a vida de Broja tende a piorar no novo clube. Já que além do bom e experiente Raúl Jiménez, o treinador português ainda conta com os brasileiros Rodrigo Muniz e Carlos Vinícius para o setor. Contudo, a realidade nos diz outra coisa e tal pitaco serve apenas para aqueles que não acompanham os jogos dos Cottagers.
Nenhum dos três atacantes citados acima faz boa temporada. Prova disso é o fato de Marco Silva ter informado a direção que precisava de mais um homem de frente no plantel. Pois bem, o comandante foi atendido. Broja chegou e, apesar da frustração vivida no Chelsea, o albanês tem motivos de sobra para sonhar com dias melhores, agora em um novo clube.
Assim como na maioria dos empregos, futebol é feito de concorrência. No ataque então, isso é cada vez mais evidente. Atacante vive de gol, e se a fase não ajuda, o coleguinha que trabalha incessantemente no dia a dia está pronto para agarrar a primeira oportunidade que receber e não soltar mais. Dito isso, Broja pode ficar animado. Vamos aos números dos homens de frente do Fulham na atual temporada.
Raúl Jiménez
- 24 jogos
- 5 gols
- Média de 0,20 gols
Rodrigo Muniz
- 17 jogos
- 1 gol
- Média de 0,05 gols
Carlos Vinícius
- 16 jogos
- 3 gols
- Média de 0,18 gols