HolandaInglaterra

Ten Hag se inspira em Michels, Cruyff e Van Gaal, mas diz que sua principal influência é Kees Rijvers, ex-Twente

Jogador do Twente, Erik Ten Hag admite que o técnico com quem mais conviveu na época de jogador foi a sua principal influência, mas que também se inspira em técnicos históricos do país

O neerlandês Erik Ten Hag, do Manchester United, contou que a sua principal influência como técnico é um nome relativamente pouco conhecido no futebol mundial, o treinador Kees Rijvers, de quem foi jogador na época do Twente. Além dele, os principais pensadores do futebol neerlandês foram citados, Rinus Michels e Johan Cruyff, além de um técnico dos mais influentes do futebol do país mais recente, Louis van Gaal.

“O melhor, o mais famoso, foi o técnico do Twente, Kees Rijvers. Depois, ele foi técnico do PSV, conquistou a Copa da Uefa e também comandou a seleção neerlandesa”, afirmou Ten Hag, em entrevista no site do Manchester United. “Antes, ele foi um jogador muito bom e tive a sorte, por dois anos, de ser treinador por ele no Twente e aprendi muito com ele sobre organização no futebol, sobre sua filosofia, sobre sair jogando de trás, futebol ofensivo e sobre o espírito de equipe. Mas também outros técnicos me inspiraram, definitivamente, como Louis van Gaal, Rinus Michels e Johan Cruyff, eles são grandes inspirações”.

Kees Rijvers foi técnico do Twente bem antes do tempo de Ten Hag como jogador, de 1966 a 1972, mas voltou ao clube em 1986 para ser diretor técnico, onde ficou até 1989. Por isso, Ten Hag teve contato com o histórico treinador, desde a base.

Erik ten Hag foi zagueiro, começou a carreira em 1989 pelo Twente, passou pelo De Graafschap, voltou ao Twente, jogou pelo RKC Waalwijk, Utrech e, de 1996 até 2002, quando encerrou a carreira, jogou novamente pelo Twente, o clube mais importante da sua carreira.

“Você nunca sabe se vai seguir essa carreira, mas, como jogador, já fazia alguns cursos e já tinha algumas licenças. Quando estava jogando como profissional, tirei minhas licenças C e B e, assim que me aposentei, busquei a licença A”, contou o treinador.

O técnico contou também quem foi o jogador que ele admirava. “Meu amor pelo futebol começou quando criança. A primeira vez eu conheci a bola, comecei a jogar, jogar com amigos. Você começa a acompanhar futebol e, nos meus dias de garoto, Ajax era famoso, mas na minha região era o Twente. Tínhamos um grande jogador, na época, e um time muito bom. Twente teve muitos bons jogadores, mas foi Epi Drost, ele era o líbero. Ele era famoso pelos riscos que assumia quando saía de trás”, contou Ten Hag.

“Ele era um bom jogador e famoso, realmente um ídolo do Twente. Até hoje tem um setor da arquibancada nomeado em homenagem a ele. Ele era um dos famosos, provavelmente o mais famoso jogador do Twente em todos os tempos, um ícone do clube”.

“Tive a sorte de trabalhar com ele depois, quando eu fui escolhido pelo Twente e cheguei às categorias de base. Ele era o técnico do time sub-23 e também o assistente técnico. Encontrei com ele e ele me treinou. Sim, costumava limpar suas chuteiras, tínhamos o mesmo tamanho de chuteiras, então compartilhávamos”.

Drost, nascido em Rotterdã, fez 423 jogos pelo Twente em duas passagens, além de oito jogos pela seleção dos Países Baixos. Começou a carreira como atacante, mas se converteu em um líbero. Atuou profissionalmente de 1965 até 1981, quando se aposentou pela primeira vez. Em 1983, voltou e teve rápida passagem novamente pelo Twente antes de se aposentar definitivamente.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
Botão Voltar ao topo