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[Uma Saga de FM] Capítulo 21: A Copa de 2018

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Dois mil e dezoito foi um ano memorável para o Instituto, mas reservava desafios também para a seleção chilena dirigida por Santiago Milasevan. Ano de Copa do Mundo! No sorteio ficamos no grupo A junto com a Rússia, Romênia e Nigéria. A preparação começou no mês de março com a realização de quatro amistosos. A ideia era enfrentar times com características semelhantes ou que representassem algum desafio distinto daquele das Eliminatórias.

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Em março jogamos contra Trinidad e Tobago fora de casa e conseguimos uma vitória por 2 a 0 graças a gols de Vidal e Labrin. Dois meses depois, em maio, enfrentamos a Ucrânia, que emularia a Rússia. Vencemos por 3 a 1 com tentos de Vargas e dois de Rubio. Na sequência jogamos contra Mali e atropelamos: 6 a 0, gols de Vargas (2x), Vidal, Rubio, Sánchez e Toro. Por fim batemos os peruanos por 2 a 0 na despedida da equipe em territória chileno: 2 a 0 graças a Sánchez e Vidal.

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Viajamos para a Rússia no começo de junho com nossos 23 comandados e entramos em campo diante da Romênia com nosso 3-3-1-3 formado com: Bravo; Toro, Medel e Labrín; Isla, Carmona e Mena; Vidal; Vargas, Sánchez e Francisco Castro.

  • A estreia não foi boa. O time criou chances, mas não conseguiu converter. Ainda no primeiro tempo um rápido contragolpe romeno determinou o 1 a 0 para eles.  O Chile foi pra cima. Colocamos atacantes, tiramos os zagueiros, sufocamos, mas…. nada. Derrota por 1 a 0. Decepcionante.
  • Contra a Nigéria mudei o ataque. Castro foi sacado da equipe e Rubio entrou no comando de ataque. Assim, Sánchez passou para o lado esquerdo do ataque de La Roja.  Bom, diante dos africanos fomos bem! Sánchez em rápido contra-ataque fez o 1 a 0. De pênalti o atacante fez o segundo gol. A Nigéria diminuiu, mas no segundo tempo uma boa cobrança de escanteio achou Labrín na área. De cabeça ele determinou o 3 a 1. Estávamos de volta ao páreo!

  • O duelo contra os donos da casa era essencial para nossas pretensões. Um empate e voltaríamos para casa em uma decepcionante campanha. O jogo começou tenso, mas o Chile comandava as ações ofensivas. Ainda na primeira etapa abrimos o placar com Isla. O nosso ala direito aproveitou um chute da defesa, avançou com ela em velocidade, cortou pro meio e fez o 1 a 0. A Rússia melhorou, mas um novo contra-ataque terminou no nosso segundo tento: Rubio! Os russos ainda diminuíram, mas era tarde demais para eles.  Com a vitória da Romênia diante da Nigéria, avançamos em segundo lugar! O adversário nas oitavas? A França…

  • Que dureza! Mesmo sem uma geração nova tão habilidosa, – afinal de contas a Liga não foi carregada no save e por isso os times franceses não contavam com regens de qualidade – os Bleus ainda contavam com Benzema, Pogba, Nasri, Varane, Sakho e outros no elenco, de forma que corríamos por fora na disputa. Não era hora de nos afastarmos de nossas convicções e por isso propusemos o jogo em velocidade e a marcação sob pressão. O Chile estava novamente bem e foi recompensado com um gol de Eduardo Vargas após rebote de escanteio. 1 a 0 ainda na primeira etapa. Não dava pra segurar o time lá atrás, era preciso manter o ritmo. Infelizmente as finalizações não entraram e no segundo tempo Varane, de cabeça, determinou a igualdade. O jogo foi pra prorrogação…. Usamos o banco de reservas: o meia Felipe Gutierrez e o centroavante Robles foram a campo, mas o desempenho ofensivo mingou. Por outro lado, mesmo ameaçada constantemente, a defesa se portou bem de maneira que a decisão da vaga foi para os pênaltis. Loteria? No FM é e desta vez vencemos!  4 a 3! Estávamos nas quartas de final!

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  • Bem que podíamos ter encarado um adversário mais fácil que a França né?  Bom, não desta vez… O duelo era contra a Espanha! Uma Espanha que ainda contava com Iniesta e David Silva e contava com Muniain e Javi Martinez no auge da forma. De novo: nada de jogar pra trás. O Chile se impôs e em uma partida muito parecida com a da Copa do Mundo real em 2014 vencemos! 3 a 0!  Vidal, Vargas e Mena! Que vitória! Fomos para a semifinal! O adversário era o Uruguai.
  • Bom, vocês se lembram das Eliminatórias? Os uruguaios foram líderes da classificação e nos venceram nos dois duelos. Tinham Cavani e Suarez, Lodeiro e alguns regens criados na liga local. Pra piorar: nós não teríamos Vidal, suspenso pelos cartões acumulados.  Felipe Gutierrez foi o escolhido para a meia. O jogo começou com divisões nas ações, mas com os chilenos saindo na frente graças a Labrin em uma cobrança de escanteio. Apesar de levar pressão conseguimos ampliar ainda no primeiro tempo graças a Eduardo Vargas. Antes da segunda etapa, porém, Cavani em chute de fora da área determinou o 2 a 1. Veio o tempo complementar e com ele os velhos dilemas entre se defender e seguir no ataque. Desta vez adotei uma postura mais cautelosa de marcação individual nas figuras do adversário. A aposta, porém, não foi bem sucedida e Cavani de novo fez o 2 a 2. O jogo foi para a prorrogação e embora parecesse tentador levar o confronto para as penalidades, instruí novamente os atletas a buscarem o gol. E ele veio! No primeiro tempo da prorrogação Sánchez fez o 3 a 2 e nossa incrível vitória foi garantida com mais quinze minutos de muita aplicação!

  • Estávamos na final! Uma final de Copa do Mundo com o Chile! O feito já era incrível, mas queríamos mais. O problema? Final contra o Brasil. O carrasco de sempre Brasil… Um Brasil que foi aos trancos e barrancos na Copa da Rússia, incluindo uma vitória nos pênaltis contra a Romênia, mas que ainda tinha Neymar, Oscar e uma série de regens de alta qualidade. Reforçados por Vidal escalamos força máxima e nos aventuramos contra o poderio verde e amarelo. Tal qual nos outros jogos começamos em cima e marcamos primeiro! Vidal em finalização de fora da área. A pressão dos adversários aumentou. Na segunda etapa Neymar apareceu…. Ele fez o primeiro e determinou o 1 a 1. Nossa equipe parou em campo.  Veio o 2 a 1 de novo com Neymar e o 3 a 1 com um dos regens do jogo… Nos mandamos pro ataque, tentamos a todo custo, batemos na trave e ficamos com o vice…

  • Que lástima!

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    Foi uma grande campanha, mas perder a Copa no último jogo representa uma dor incrível. Faltou qualidade pro nosso elenco.

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    Nas semanas seguintes recebi os agradecimentos da Federação Chilena e um convite. Um convite para treinar o Uruguai. Milasevan é uruguaio então aceitei! A ideia de treinar Suarez, Cavani, Lodeiro, Abel Hernandez e os uruguaios do meu time – Mastrángelo, Casamán e Lamanna foi sedutora e então partimos para uma nova jornada. Mas disso falaremos nos próximos capítulos.

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    Foto de Anderson Santos

    Anderson Santos

    Membro do Na Bancada, professor da Unidade Educacional Santana do Ipanema da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), doutorando em Comunicação na Universidade de Brasília (UnB) e autor do livro “Os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol” (Appris, 2019).
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