EA Sports marca um golaço no futebol feminino e leva a NWSL ao FIFA 23

O futebol feminino ganha em importância e cresce como negócio no mundo e a EA Sports deu um passo importante pensando em incluir a categoria e aproveitar esse novo mercado em expansão ao anunciar a parceria com a National Women’s Soccer League (NWSL), a liga profissional de futebol dos Estados Unidos e Canadá. E a parceria já começa no FIFA 23, que receberá uma atualização com a nova liga já no dia 15 de março. Não foi anunciado se o acordo seguirá para o EA Sports FC, mas a tendência é que seja um acordo de múltiplos anos, como acontece nas outras ligas.

“A integração da NWSL ao EA SPORTS FIFA 23 é um marco monumental para a liga, as atletas e milhões de fãs de futebol em todo o mundo, à medida que continuamos a ultrapassar os limites do futebol feminino”, disse Jessica Berman, comissária da NWSL. “As atletas que chamam a NWSL de lar são algumas das melhores do mundo, e estamos entusiasmadas com a oportunidade de mostrar ainda mais seu talento por meio dessa experiência de jogo única. Mal podemos esperar para que os fãs comecem a jogar e estamos ansiosas para continuar esta celebração das atletas e da liga quando iniciarmos nossa 11ª temporada em 25 de março”.

Além da parceria com a liga, a EA fechou também com a associação das jogadoras profissionais da liga (NWSLPA), o que garante que todas as jogadoras estarão licenciadas no jogo. Isso significa que atletas brasileiras de destaque, como Marta, do Orlando Pride, e Debinha, do Kansas City Current, duas estrelas da seleção brasileira e que certamente estarão na Copa do Mundo 2023 – que, aliás, estará licenciada plenamente no jogo, com todas as seleções e as jogadoras.

A existência da Associação de Jogadoras, obrigatória nos Estados Unidos, é uma situação diferente do que acontece no Brasil, por exemplo, onde não há nada desse tipo, até porque o equivalente, que seria o Sindicato de Jogadores, não é reconhecido por eles como um representante válido. Então mesmo que houvesse um acordo com todos os clubes participantes (tem esse problema também: não há uma liga de clubes, como não há no masculino) para que o Brasileiro Feminino estivesse no jogo, seria preciso um acordo individual com cada atleta para que todas fossem licenciadas – o faz com que não valha a pena.

“Somos apaixonadas pelo fato de que a EA SPORTS continua a ser um agente de mudança para o futebol feminino, e nossa parceria com a NWSL e a NWSLPA é outro passo que estamos dando como organização para promover o esporte”, disse Andrea Hopelain, Vice-Presidente Sênior de Marca, EA SPORTS. “Estamos empenhadas em ser campeãs para o futuro do futebol, trazendo autenticidade inigualável para milhões de fãs de futebol em todo o mundo”.

Meghann Burke, Diretora Executiva da NWSLP disse: “as atletas são o coração de cada experiência do torcedor, alimentando a empolgação coletiva por meio de sua paixão, dedicação e perseverança. Hoje é um dia histórico para nossas atletas e fãs. Este é um momento emocionante para o futebol feminino e estamos ansiosos para colaborar com a EA SPORTS para defender o esporte e criar novas oportunidades para fãs de todo o mundo se envolverem com essas atletas incrivelmente talentosas”.

Com a adição da NWSL, passam a ser três ligas completamente licenciadas no futebol feminino do FIFA 23: a Barclays Women’s Super League, da Inglaterra, e a Division 1 Arkema, da França, e agora a NWSL, dos Estados Unidos e Canadá. Isso além da EA Sports ter adicionado Real Madrid, Wolfsburg, Juventus e Eintracht Frankfurt para o modo Champions League Feminina. É uma evolução se pensarmos que no FIFA 22 não havia nenhuma liga de futebol feminino. No anúncio do FIFA 23, o futebol feminino foi protagonista, inclusive na capa.

Já a partir do dia 15 de março, em todas as plataformas do FIFA 23, todas as 12 equipes da NWSL estarão presentes nos modos Jogo Rápido, Torneio, Temporada 1 Contra 1, temporadas co-op, Amistosos Online. Quatro estádios da NWSL estarão licenciados, junto com os uniformes, estrelas, troféus e comemorações. A temporada da NWSL começa no dia 25 de março, com todos os 12 clubes em atividade.

É um golaço da EA Sports, pensando que o futebol feminino é um negócio em ascensão e com jogadoras que certamente chamarão muito a atenção do público, especialmente nos Estados Unidos, mas também na Europa. A tendência é que haja cada vez mais ligas femininas no jogo e, infelizmente, o Brasil, no modo como é organizado hoje, deve ficar fora, assim como no masculino, por não ter uma organização nem de clubes, nem de jogadores. Péssimo para o futebol brasileiro – masculino e feminino. Mas, ao menos, poderemos jogar com as craques brasileiras da NWSL. É o que temos para hoje (ou, no caso, para o dia 15 de março).