Copa do Mundo Feminina

Inglaterra pune erros e avança, mas Colômbia deixa Copa do Mundo de cabeça erguida

Embora não tenham conseguido outra surpresa, as sul-americanas chegaram a abrir o placar e pressionaram pelo empate

A campanha da Colômbia na Copa do Mundo foi histórica de qualquer maneira. Mas houve um pequeno intervalo no fim do primeiro tempo em que pareceu que ela nunca terminaria. Leicy Santos abriu o placar, com um daqueles gols que ou é lindo ou é sem querer, e a Inglaterra se viu em um buraco. No entanto, a campeã europeia reagiu e puniu os erros das sul-americanas para vencer de virada por 2 a 1 e pela terceira vez seguida chegar à semifinal.

A Colômbia seguiu corajosa e pressionou a seleção de um país com muito mais estrutura na modalidade. Se dependeu demais do que Linda Caicedo conseguia produzir, e não foi tanta coisa assim, não permitiu tantas chances e deu uma certa encurralada nos minutos finais para tentar forçar a prorrogação. Deixa a Copa do Mundo com a cabeça mais do que erguida pela campanha que emplacou, principalmente pela incrível vitória sobre a Alemanha na fase de grupos.

A Inglaterra ainda não engrenou. Desfalcada de nomes importantes desde o início – Leah Williamson, Fran Kirby, Beth Mead – e sem Lauren James para as quartas de final, avança na força da sua defesa, vazada apenas duas vezes até agora, e na experiência de jogadoras que atuam nos principais clubes do mundo. Acontece que já chegou na semifinal e precisa encaixar apenas um grande jogo para atingir a decisão pela primeira vez na sua história.

Goleiras não brilham

O nível das goleiras na Copa do Mundo tem sido bem alto, mas nem a inglesa e nem a colombiana brilharam em um primeiro tempo bem travadinho. A Inglaterra, novamente, não conseguiu fluir no ataque e criou poucas oportunidades, embora tenha dominado a posse de bola – 67%. Lauren Hemp e Alessia Russo pararam duas vezes na marcação, na melhor delas, logo no começo da partida. Russo e Daly cabecearam nas mãos de Catalina Pérez. Daly também tentou de longe.

A Colômbia, que perdeu a lateral direita Carolina Arias logo aos 10 minutos, substituída por Ana Guzmán após sentir dores no joelho, teve duas finalizações perigosas com Linda Caicedo, mas marcou com Leicy Santos. A camisa 10 recebeu pela direita, partiu para cima e soltou do bico da grande área. Uso soltou porque pode ser que tenha chutado, pode ser que tenha cruzado. O certo é que a bola foi na direção do gol e passou por cima de Mary Earps.

Foi apenas o segundo gol sofrido pela Inglaterra na Copa do Mundo e a primeira vez em que saiu atrás no placar. Não durou muito, porém. O lançamento à área foi escorado para Alessia Russo na marca do pênalti. Ela dominou mal, deixou escapar, e Pérez saiu por baixo para agarrar. No entanto, a bola escapou e, no rebote, Lauren Hemp mandou os times aos vestiários com o placar empatado.

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Desta vez, o gol não veio

Rachel Daly abriu os trabalhos do segundo tempo com outra cabeçada fraca nas mãos de Catalina Pérez, mas não demorou para a Inglaterra passar à frente. Outro erro defensivo contribuiu. Georgia Stanway deu um bom passe para a entrada da área. Daniela Arias teve a chance de cortar, mas não conseguiu. A bola passou e chegou para Alessia Russo dominar e bater cruzado.

A Colômbia cresceu. Precisava crescer. Deu dez finalizações no segundo tempo, três vezes mais que a adversária, e exigiu grande defesa de Mary Earps com uma bomba de fora da área de Lorena Durango. Conseguiu alguns escanteios, e Leicy Santos fez Earps trabalhar novamente. Estava posicionada no campo de ataque, tentando encontrar um caminho, e a Inglaterra matava tempo quando podia.

Quando os acréscimos começaram a rodar, o torcedor colombiano se apegou à grande virada contra a Alemanha na fase de grupos, quando Manuela Vanegas marcou aos 52 minutos do segundo tempo. Talvez outra viesse para dar pelo menos uma prorrogação ao conto de fadas, a uma das grandes histórias da Copa do Mundo. Mas bateu meia-noite, e a Colômbia volta para casa orgulhosa.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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