França

Após 2 meses e 30% de aproveitamento, Sampaoli deixa Rennes pela ‘porta dos fundos’

Técnico ex-Flamengo, Santos e Atlético-MG deixa clube francês com sete derrotas em dez jogos

Após 80 dias, pouco mais de dois meses, Jorge Sampaoli está de saída do Rennes com apenas três vitórias e sete derrotas em dez jogos. O jornal francês “L'Équipe”, responsável pela informação, afirmou que a saída do técnico de 64 anos foi pela “porta dos fundos” por conta do baixo rendimento e impacto zero no time, em sua nova manchete.

— O argentino foi nomeado para sacudir o microcosmo adormecido do Rennes e incutir as suas ideias de jogo. Pouco mais de dois meses depois, a esperança transformou-se num amargo fracasso materializado por sete derrotas em dez jogos, incluindo uma lamentável eliminação em Troyes na Copa da França e queda na classificação da Ligue 1 — escreveu o periódico.

Quando chegou a Rennes, o ex-treinador de Flamengo, Atlético Mineiro e Santos encontrou o time na 13ª colocação do Campeonato Francês e com 11 pontos, um a mais que o 16ª, posição que leva a um playoff contra o rebaixamento.

Agora, os Vermelhos e Pretos estão justamente em 16º, com apenas 17 de pontuação após 19 rodadas, além de terem caído na copa local para um time de segunda divisão.

Sampaoli no comando do Rennes:

  • 10 jogos, 7 derrotas e 3 vitórias
  • 17 gols marcados e 14 sofridos

Jogos:

  • Lille 1 x 0 Rennes – Ligue 1 – 24/11
  • Rennes 5 x 0 Saint-Étienne – Ligue 1 – 30/11
  • Nantes 1 x 0 Rennes – Ligue 1 – 8/12
  • Rennes 2 x 0 Angers – Ligue 1 – 15/12
  • Bourdeaux 1 x 4 Rennes – Copa da França – 22/12
  • Nice 3 x 2 Rennes – Ligue 1 – 3/1
  • Rennes 1 x 2 Olympique de Marselha – Ligue 1 – 11/1
  • Troyes 1 x 0 Rennes – Copa da França – 15/1
  • Rennes 1 x 2 Stade Brestois – Ligue 1 – 18/1
  • Monaco 3 x 2 Rennes – Ligue 1 – 25/1

Sampaoli sai em comum acordo, mas insatisfeito por falta de reforços

O experiente treinador, conhecido no futebol brasileiro por sua exigência de reforços, não mudou o perfil na França. O elenco do Rennes é de poucas opções e o argentino queria trazer Fabrício Bruno, Gerson e Pulgar, todos comandados por ele no Flamengo, mas o clube não acatou os pedidos.

As únicas contratações nesta janela de transferências foram Seko Fofana, Brice Samba e Kyogo Furahashi, insuficientes até para que o time vencesse neste ano — perdeu os cinco jogos que disputou em 2025.

O “L'Équipe” publicou que no início da semana até houve uma sinalização de que Sampaoli ficaria pelo menos até a partida deste domingo (2), contra o Strasbourg. Porém, a saída deve ser oficializada nas próximas horas em uma rescisão em comum acordo.

O antecessor do argentino, Julien Stéphan, era criticado por não conseguir evoluir os jogadores, mas ele terminou com aproveitamento melhor na Ligue 1 (três vitórias, dois empates e cinco derrotas) do que seu sucessor (venceu duas e perdeu seis).

Conhecido pelo sucesso com a seleção do Chile entre 2012 e 2016, o técnico argentino não consegue mais emplacar trabalhos longevos.

Os últimos três duraram apenas alguns meses. O máximo que ficou à frente de um clube desde a saída do selecionado chileno foi um ano e quatro meses, no Olympique de Marseille, entre 2021 e 2022.

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Até jogador de Sampaoli contestou suas decisões no Rennes

Após a derrota para o Monaco no último sábado (25), a quinta seguida, o meio-campista Fofana não teve papas na língua e revelou que discorda das escolhas que Sampaoli tomou no Rennes. A fala veio após o jogador atuar mais próximo do gol, como um meia atrás do atacante, função que não costuma exercer.

— Há uma enorme frustração. Sabemos que devemos fazer melhor. Precisamos encontrar soluções rapidamente, pois estamos em uma situação crítica. É verdade que, se eu fosse o técnico, há certas escolhas que eu faria que seriam diferentes. Mas o treinador tem suas ideias e também está fazendo o que pode com os jogadores que tem — disse.

Agora, o Rennes já trabalha em quem substituirá o argentino. Pierre Sage, recém-demitido do Lyon, e Habib Beye, ex-Red Star FC, da França, seriam os cotados, afirmou o “L'Équipe”.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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