Ligue 1
Tendência

Na volta a Nice, Galtier se revolta com insultos da torcida: “A minha mãe se recupera de um câncer”

A torcida do Nice vaiou Galtier e exibiu uma faixa com insultos à mãe do treinador, que trocou o clube pelo PSG nesta temporada

Neste sábado, Christophe Galtier retornou ao Estádio Allianz Riviera pela primeira vez desde que trocou o comando do Nice pelo do Paris Saint-Germain. A torcida da casa insultou o treinador, com vaias e inclusive uma faixa ofensiva à mãe do atual técnico parisiense. E, depois da partida, Galtier não se calou diante dos microfones. O veterano indicou sua revolta, especialmente pelo fato de que sua mãe tem 83 anos e atravessa um momento delicado de recuperação após um câncer.

“A minha reação? Vocês viram o que eles fizeram? Vocês leram aquela faixa? A minha mãe tem 83 anos e se recupera de um câncer. Ponto final. Se aquelas pessoas nas arquibancadas assistem aos jogos da Conference League, é graças ao meu trabalho na temporada passada. Independentemente do que pensam, é graças ao meu trabalho e ao de Didier Digard que ainda há jogos europeus em Nice nesta temporada”, afirmou Galtier, durante a coletiva de imprensa.

Ainda em campo, Galtier já indicou seu incômodo com os insultos. O treinador aplaudiu ironicamente a torcida do Nice depois da partida. Galtier dirigiu as Águias por uma temporada. Curiosamente, nos tempos de jogador e em seus primórdios como treinador, o ex-zagueiro possui uma carreira relacionada com Olympique de Marseille, um dos rivais do Nice. O atual comandante do PSG é nascido em Marselha.

O Nice é o único time da Ligue 1 ainda vivo nas competições europeias na atual temporada. Os rubro-negros eliminaram o Sheriff Tiraspol nas oitavas de final da Conference League e iniciam os duelos diante do Basel na próxima quinta-feira. O PSG, que se concentra apenas no Campeonato Francês nesta reta final de temporada, derrotou as Águias por 2 a 0, com doses de dificuldades.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
Botão Voltar ao topo