Ídolo do PSG e do São Paulo, Raí trabalha em projeto para recuperar outro time da capital: o Paris FC
Clube está na Ligue 2 e quer disputar elite do futebol francês ao lado do time mais badalado do país
Raí é considerado por muitos, um dos maiores ídolos da história do São Paulo Futebol Clube. Campeão da Copa Intercontinental em 1992, contra o Barcelona de Cruyff, marcando inclusive um gol antológico de falta em Zubizareta e campeão Mundial com a seleção brasileira em 1994, o ex-camisa dez fez história no Paris Saint-Germain. Pelo time da capital da França, o meia faturou a antiga Taça da Europa (atual Liga Europa) e também o Campeonato Francês.
Após tantas conquistas em âmbito nacional e internacional, Raí continuou no mundo do futebol e até pouco tempo estava no Morumbi, trabalhando como diretor no São Paulo. Há pouco mais de um ano e meio, o agora dirigente aceitou um desafio interessante, ser embaixador do Paris FC. Atualmente na Ligue 2 (segunda divisão da França), o objetivo do clube é estar na elite do futebol francês quanto antes e disputar a principal divisão do país ao lado do PSG.
A história entre Raí e Paris FC começou após Pierre Ferracci, presidente do clube desde 2012, consultar Arséne Wenger para assumir o cargo. Foi aí que o mandatário francês soube que o brasileiro tinha acabado de sair do São Paulo e tinha a intenção de voltar a morar na capital da França. Imediatamente, Ferracci preparou uma proposta, o que surpreendentemente foi aceito pelo agora dirigente. Nas palavras do próprio presidente do time, a postura do ex-meia o intrigou, tendo em vista o que seu nome representa para o PSG.
“Fiquei intrigado com a ideia de que ele pudesse se interessar por nós e não pelo PSG, quando alguns anos antes ele havia se tornado o jogador mais querido da torcida, à frente de Pauleta e Ronaldinho”, afirmou Pierre Ferracci.
Mentalidade inovadora do Paris FC encanta Raí
Raí se sentiu atraído com o projeto do Paris FC e com a possibilidade de construir algo praticamente do zero. O clube tem por primícia o investimento pesado na formação de atletas e também na igualdade de condições na preparação e estrutura de trabalho tanto do time masculino, como na equipe feminina. Essa visão vanguardista do futebol foi o que motivou o ex-meia a fazer parte deste projeto, se dedicando diuturnamente para conquistar o objetivo de colocar o Paris FC na Ligue 1 nas próximas temporadas.
O caminho será árduo e bem complicado, já que a 2ª divisão do futebol francês é bem disputada. Até o momento, o Paris FC é o 10º colocado da competição na atual temporada, com 23 pontos e está a 11 de distância do líder Angers. Mesmo o desafio sendo difícil a curto prazo, Raí tem convicção de que o seu planejamento junto ao seu mais novo clube na capital francesa poderá render frutos.
“No PSG já está tudo preparado. Adoro este lado onde ainda há muitas coisas para construir, para experimentar. Sinto-me parte desta família e quero ver os frutos do nosso trabalho”, afirmou Raí.
Se manter a classe e profissionalismo de seu trabalho fora de campo, assim como fez quando defendeu a camisa do São Paulo e do PSG, fatalmente o Paris FC terá muito a comemorar em breve. Sempre muito dedicado e correto naquilo que fez, dentro e fora de campo, Raí foi símbolo em uma das passagens mais vitoriosas tanto do Tricolor Paulista, como na equipe francesa, se tornando uma liderança dentro das quatro linhas e uma figura muito respeitada fora delas.
Ao longo de 236 partidas disputadas por clubes, com 81 gols marcados e seis assistências, Raí agora pensa o futebol de uma forma muito mais ampla. Com suas ideias e competência, aliada a um estilo de gestão pautada na formação de atletas qualificados desde cedo, o nome do brasileiro poderá entrar no hall dos grandes dirigentes do esporte em um futuro próximo.