Liga Europa

Toulouse joga melhor que o Liverpool e se solidifica na segunda posição do grupo

Os ingleses ainda são favoritos pelo primeiro lugar, mas perderam a chance de antecipar a classificação - e de ganhar uma folga no calendário

O Liverpool encarou a fase de grupos no modo administração. Nas três primeiras rodadas, passou por certos apuros, mas sempre pisou o acelerador quando precisou. Isso não aconteceu nesta quinta-feira. Ou, pelo menos, não foi suficiente. O Toulouse foi amplamente superior, apesar do abafa inglês no fim, e mereceu a vitória por 3 a 2 que adia a classificação dos Reds às oitavas de final da Liga Europa.

A situação não preocupa o Liverpool. Lidera o grupo com nove pontos, dois à frente do Toulouse, cinco da Union Saint-Gilloise, e continua favorito para passar em primeiro lugar. Para isso acontecer, porém, precisará usar seus principais jogadores e, principalmente, começar as partidas com um nível de intensidade maior. A lamentação a Jürgen Klopp é que a vitória nesta quinta-feira o permitiria descartar as últimas duas rodadas e ganhar um alívio no calendário.

Os franceses, que apesar de goleados não foram mal em Anfield no confronto anterior, assumiram a dianteira pela segunda vaga no grupo, que classifica à repescagem, e, por que não?, sonham em superar os ingleses e avançar diretamente às oitavas de final.

Toulouse supera o Liverpool

No dia em que seu pai foi libertado pelos sequestradores na Colômbia, Luis Díaz foi titular pelo lado esquerdo do ataque do Liverpool, ao lado de Cody Gakpo e do garoto Ben Doak. Sempre presente na Liga Europa, Ryan Gravenberch não viajou, com dores no joelho, e Alexis Mac Allister foi titular no meio ao lado de Wataru Endo e Harvey Elliott. O garoto Jarell Quansah ganhou nova chance no coração da defesa, com Joe Gomez deslocado à lateral direita.

A partida começou como se esperava. O Liverpool estava em cima e acertou o travessão em uma cabeçada de Gomez, logo aos dois minutos. Mac Allister mandou um voleio da entrada da área, e Luis Díaz testou os reflexo do goleiro Guillaume Restes de média distância. Tudo ainda estava meio travado, mas começaria a se abrir quando o Toulouse deu seus primeiros contra-ataques. O mais perigoso foi com Niklas Schmidt pela direita. Cruzou na medida para Gabriel Suazo, que se esticou e não alcançou a bola por pouco.

Logo em seguida, Aron Donnum bateu a carteira de Tsimikas na saída de bola, arrancou até a área e bateu com um desvio para abrir o placar. Um susto grande o suficiente para Klopp se mexer ainda no intervalo porque não faria sentido poupar titulares por mais 15 minutos e arriscar ter que jogar as últimas duas rodadas a sério. Mohamed Salah, Dominik Szoboszlai e Trent Alexander-Arnold entraram nas vagas de Daok, Endo e Tsimikas, respectivamente.

E, se alguma coisa, o Toulouse melhorou. Thijs Dallinga fez bom trabalho de pivô e deixou Suazo na cara de Kelleher, mas o chileno deslocou demais e mandou para fora. Três minutos depois, Dallinga dividiu com Matip, ficou com a bola dentro da área e bateu na saída do goleiro reserva do Liverpool. O gol foi anulado – por falta em Matip ou por um leve impedimento, não ficou claro. Será que esses lances finalmente acordariam os ingleses?

Não. Aos 13 minutos, Díaz foi desarmado na lateral esquerda enquanto tentava sair, Dallinga recebeu o cruzamento de Vincent Sierro, dominou e bateu cruzado para ampliar. O Liverpool conseguiu voltar à disputa apenas aos 28 minutos. Arnold fatiou a bola para a esquerda da grande área, e o toque de cabeça de Gomez buscava Salah na outra trave. Houve um bate-cabeça da defesa do Toulouse, e Cristian Cásseres Jr. mandou contra o próprio patrimônio.

Mas, três minutos depois, o Toulouse atacou com facilidade em transição. Suazo recebeu em liberdade pela esquerda e cruzou. Kelleher chegou a desviar, mas Frank Magri pegou a sobra e mandou bem no cantinho. O Liverpool foi para o abafa nos minutos finais. Elliott isolou da entrada da área, e Szoboszlai exigiu boa defesa de Restes quase da intermediária. Um sopro de esperança surgiu quando Diogo Jota descontou com uma bela jogada individual.

E os ingleses até acharam que conseguiriam sair com o empate. Durante o abafa, Núñez furou na pequena área – de novo – e Quansah conferiu batendo de frente. No entanto, houve um toque de braço e Mac Allister no início da jogada. O gol foi anulado, e a partida, encerrada pouco depois.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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