Liga Europa

Inexplicável! Leverkusen busca empate, continua invicto e vai à final da Liga Europa

De novo, o Bayer Leverkusen marca duas vezes no fim, impede derrota para a Roma e alcança marca histórica no futebol europeu

Não dá para explicar a força mental e o trabalho do Bayer Leverkusen nessa temporada. Após 48 jogos invictos, então com 40 vitórias e oito empates, a equipe ia perdendo nesta quinta-feira (9) para a Roma por 2 a 0 até os 31 do segundo tempo, resultado que levava a semifinal da Liga Europa para prorrogação porque os alemães venceram a partida de ida por 2 a 0. Mas não podemos duvidar nunca do time de Xabi Alonso em 2023/24. A equipe diminuiu a vantagem com gol contra bizarro de Mancini e, no último minuto de acréscimo, buscou o empate que confirmou a maior sequência sem derrotas da história do futebol europeu.

É um roteiro repetido nessa temporada. Os dois gols dos Aspirinas colocam o clube com 24 após os 30 minutos em todo 23/24. Inacreditável. Segunda final para equipe, que também jogará a decisão da Copa da Alemanha.

E não poderia ter sido mais dolorido para Roma, com 2 a 0 no placar em dois pênaltis convertidos por Leandro Paredes. Aos 31 da etapa final, um escanteio cobrado no meio da área chegou no goleiro sérvio Mile Svilar, em grande dia, que sofreu o contato do próprio colega Chris Smalling e caiu. Sem esperar, o zagueiro Gianluca Mancini viu a bola bater nele e entrar. A equipe de Daniele de Rossi não conseguiu reagir. Svilar até se recuperou na sequência ao impedir gol de Frimpong cara a cara, mas não conseguiria parar Josep Stanisic aos 52, invadindo a área e batendo colocado.

O Leverkusen joga a decisão da Liga Europa contra a Atalanta no dia 24 de maio na Dublin Arena, na Irlanda. É a primeira final europeia dos Aspirinas desde 2002, quando perderam a Champions League para o Real Madrid. Vale citar que já foram campeões da segunda competição da Europa em 1988, ainda como Copa da Uefa, em cima do Espanyol.

Goleiro da Roma fecha o gol no 1º tempo

Que jogaço foram os 45 minutos iniciais. A Roma, precisando de dois gols, começou melhor, mais com bola e controlando mais para onde o jogo ia. Quase abriu o placar já com três minutos, quando Romelu Lukaku ficou na cara do gol após lançamento perfeito do capitão Lorenzo Pellegrini. No entanto, o domínio de peito do belga escapou um pouco e Matej Kovar antecipou ao sair do gol. O goleiro tcheco também trabalharia aos 15, momento que Pellegrini cabeceou completamento sozinho na área. Por sorte, a finalização veio fraca e a defesa não foi lá das mais difíceis. Incrivelmente, o tento marcado por Paredes não aconteceu nesse momento de alta dos italianos. Na verdade, foi depois que as coisas mudaram para os donos da casa.

Parece que a lesão de Leonardo Spinazzola aos 20, somada a uma confusão generalizada pela ausência de fair play de Jeremie Frimpong, abateu a Roma e acordou o adversário. A partir dai, o Leverkusen amassou o rival, dominou a bola e sufocou a saída, como nos melhores momentos da temporada.

Especialmente de fora da área, foram várias chances. A mais inacreditável veio em falta ensaiada. Exequiel Palacios recebeu de longe e bateu cruzado rasteiro. A bola explodiu no pé da trave, tocou nas costas de Mile Svilar e quase tomou o rumo do gol. Não só as costas, mas as mãos do goleiro sérvio também foram importantes: impediram que uma linda batida colocada de Frimpong virasse gol, pararam duas vezes seguidas Amine Adli e Adam Hložek, que já tinha sofrido com as intervenções do arqueiro romano antes. Uma verdadeira muralha na BayArena.

Nesse cenário de massacre e sufoco que a Roma encontrou o pênalti, em puxão de Jonatan Tah em cima de Sardar Azmoun, convertido no meio do gol por Paredes aos 42.

2º tempo começa com Roma melhor e termina com tudo

O Leverkusen seguiu com a bola e tentando atacar mais, mesmo coisa do primeiro tempo, mas a Roma voltou a fim de mudar as coisas. Mais perigosa, conseguiu o pênalti em outra falha bizarra. Dessa vez, após escanteio na primeira trave, Hložek deixou o braço aberto e bola bateu ali. Com ajuda do VAR, pênalti marcado e de novo Paredes fez, dessa vez em uma batida rasteira cruzada.

O Leverkusen demorou a entrar de novo no jogo. Parecia desanimado e criava pouco, meio que batido e aceitando a prorrogação que viria. Eis que, a partir de mudanças e do gol contra bizarro, o cenário do jogo ficou favorável. O empate até poderia ter vindo antes, já que Frimpong tentou dar uma cavadinha em Svilar aos 43. Patrik Schick também teve sua chance quando o goleiro tava fora do gol, mas a cavadinha de quase do meio-campo saiu para fora.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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