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A Roma fez o que sabe fazer: competiu muito, defendeu bem e saiu com a vitória no Olímpico

Um gol de Edoardo Bove na metade do segundo tempo foi a diferença em uma partida de poucas chances na capital italiana

Com desfalques e outros jogadores voltando de lesão, a Roma recorreu ao que muitas vezes faz sob o comando de José Mourinho e soube administrar muito bem o jogo de ida das semifinais da Liga Europa. Defendeu-se bem, não deu muito campo para o letal contra-ataque do Bayer Leverkusen e, em uma bola longa, marcou o gol da vitória por 1 a 0 que lhe dá vantagem para a viagem à Alemanha na próxima semana.

Não foi uma partida brilhante de nenhum dos lados, mas, proposta por proposta, a de Mourinho funcionou melhor. Com exceção dos primeiros cinco minutos, o Leverkusen levou muito pouco perigo, e a campeã da Conference League teve maturidade para esperar os momentos certos de atacar. Em um deles, marcou com o garoto Edoardo Bove, cria das categorias de base, na metade do segundo tempo.

Chris Smalling retornou de lesão muscular, mas continuou no banco de reservas. Mourinho parece satisfeito com Bryan Cristante entre os zagueiros. Como esperado, Georginio Wijnaldum e Paulo Dybala não tiveram condições de jogar desde o início, e o ataque da Roma ficou a cargo de Lorenzo Pellegrini, Paulo Dybala e Tammy Abraham. Xabi Alonso manteve três zagueiros, com Piero Hincapié pela ala esquerda, em vez de Mitchel Bakker – que acabou entrando ainda no primeiro tempo no lugar do zagueiro Odilon Kossounou, machucado.

Nos primeiros cinco minutos, parecia que seria um atropelamento do Leverkusen. Logo de cara, Hincapié fez boa jogada pela ponta e cruzou para Robert Andrich chegar batendo de primeira. Bateu bem cruzado, mas não pegou muita força, e Rui Patrício defendeu. Pouco depois, após uma boa troca de passes pelo meio, Florian Wirtz tabelou com Adam Hlozek e soltou a chapada precisa, perto do pé da trave do goleiro português.

A Roma resistiu à pressão inicial. Embora sem tanta posse de bola, assumiu as rédeas da partida e limitou os alemães a apenas mais uma finalização no primeiro tempo, uma bomba sem direção de Edmond Tapsoba, aos 48 minutos. O que faltou foi fazer alguma coisa no ataque, acionar os dois centroavantes, Tammy Abraham e Andrea Belotti. O maior perigo saiu na bola parada. Ibañez teve uma cabeçada à queima-roupa, muito bem defendida por Hrádecky, e já no fim da etapa inicial Belotti testou de frente. A defesa rebateu.

O segundo tempo conseguiu ser mais movimentado. E a Roma seguiu ligeiramente melhor. Mourinho havia alertado antes da partida para a velocidade dos contra-ataques do Leverkusen, e ele conseguiu impedir que houvesse muitos deles, com perigos ocasionais. Como após uma boa jogada de Spinazzola pelo lado esquerdo. A bola foi bem trabalhada na entrada da área e terminou com um chute cruzado de Çelik para fora.

O único gol saiu aos 17 minutos, em uma bola longa. Abraham fez o trabalho de pivô, mas o grande mérito é de Edoardo Bove, que interceptou, deu um drible na entrada da área e devolveu para o inglês. A batida girando exigiu boa defesa de Hrádecky, e Bove marcou no rebote. Belotti teve outra chance na sequência, e o garoto italiano poderia até ter marcado o segundo, mas isolou a sobra.

Os minutos finais foram de domínio territorial do Leverkusen. A Roma, porém, se fechou bem. A melhor chance para os alemães começou com um desentendimento entre Rui Patrício e Ibañez, que se trombaram em uma bola aérea. A sobra ficou com Frimpong. Sem goleiro, Cristante cortou quase em cima da linha e garantiu a vitória romanista.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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