Que o mercado de transferências está inflacionado, não é novidade para ninguém. Tudo bem que os valores envolvidos nas contratações do futebol já são estratosféricos. Mesmo assim, alguns preços beiram o absurdo. E, segundo os especialistas, está não é só impressão do papo com os amigos. O Observatório de Futebol do Centro para Estudos Esportivos (CIES) divulgou uma análise sobre as movimentações que aconteceram nas cinco principais ligas europeias durante a última janela. A conclusão não foge muito do que você acha: houve supervalorização de 16% no que os clubes deveriam ter pagado a atletas com custo de pelo menos € 10 milhões.
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O estudo do CIES considerou o valor de mercado antes e depois da transferência, através de um cálculo próprio que põe na conta tanto o desempenho quanto o tempo de contrato do jogador. Além disso, a análise também levou em conta aproximadamente 1,5 mil negócios ocorridos nos últimos cinco anos para fazer a comparação. Por fim, o resultado mostrou que as principais contratações desta janela saíram mais caras do que deveriam.
Ao todo, 56 jogadores tiveram as suas transferências observadas pelo CIES. Destes, 23 tiveram seus preços inflacionados, conforme os cálculos. Entre eles, três dos quatro jogadores mais caros do mercado: Ángel Di María, David Luiz e James Rodríguez. O relatório ainda aponta que os três tiveram os valores mais inflacionados, ultrapassando entre € 25 e € 30 milhões do que realmente deveria ter sido pago. Entre os motivos da supervalorização, principalmente, está o poder de compra do destinatário e a badalação do jogador depois da Copa do Mundo. Entre outros inflacionados, estão Ander Herrera, Alexis Sánchez, Mehdi Benatia e Jeremy Mathieu.
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Em contrapartida, 13 jogadores custaram menos do que deveriam. O Observatório do Futebol aponta que casos de indisciplina também influenciaram nessas subvalorizações. E, não por menos, os nomes que encabeçam esta lista são os de Luis Suárez, Diego Costa e Mario Balotelli. Cesc Fàbregas, Ciro Immobile e Antoine Griezmann são outras pechinchas indicadas pelo estudo.
Logicamente, o valor de mercado é algo bastante subjetivo. Vai da negociação, de quem quer vender e de quem pode comprar. Ainda assim, o estudo ajuda a mostrar que esse poder de barganha dos vendedores tem sido maior que o dos compradores. E, em uma janela de transferências exorbitantes por si, a sensação de supervalorização é ainda maior.
Abaixo, a lista elabora pelo Observatório do Futebol. Em vermelho, os jogadores supervalorizados; em cinza, os de preço justo; em azul, os subvalorizados:
