Champions League

Zaha fez uma ode à Champions League: “Finalmente cheguei aqui”

Após sair do Palace, Zaha escolheu o Galatasaray para disputar a Champions League e a vitória sobre o Manchester United em Old Trafford foi tudo que ele esperava

Durante anos, Wilfried Zaha queria sair do Crystal Palace, eternamente preso no meio da tabela da Premier League. O clube londrino fazia jogo duro. Naturalmente não queria perder seu principal jogador. Zaha deixou o último contrato que assinou expirar ao fim da última temporada e, embora tivesse propostas para continuar na Inglaterra, preferiu o Galatasaray. Em parte porque queria jogar a Champions League e nesta terça-feira teve um gostinho do que isso significa.

Não foi sua estreia na competição. Deu até assistência no empate por 2 a 2 com o Copenhague na rodada inicial da fase de grupos. Mas o que aconteceu nesta terça-feira foi um jogo de Champions League que todas as crianças sonham em disputar. Zaha marcou em Old Trafford, contra o seu ex-clube, e o Galatasaray conseguiu vencer por 3 a 2, embora tenha ficado duas vezes atrás no placar.

Exatamente como Zaha esperava.

– Literalmente é (o que ele esperava). Não é apenas um jogo, é todo o aquecimento. Quando estávamos chegando aqui de ônibus, estávamos tocando a música da Champions League. É um sentimento diferente. Eu finalmente cheguei aqui. Não há nada parecido. É literalmente jogos entre os melhores e uma chance de mostrar meu talento aos melhores. Eu sinto que é aqui onde é decidido se você é bom ou não, então dias como este são o que importa para mim – disse.

Zaha empatou a partida aos 23 minutos, após Rasmus Hojlund abrir o placar. O que ele descreveu como uma “explosão de emoções” foi o quarto gol que marcou nos últimos cinco encontros com o Manchester United, pelo qual deu uma passadinha em 2013, antes de retornar para ser um dos maiores jogadores da história do Crystal Palace, essencial na manutenção de uma sequência de 11 temporadas na primeira divisão. Ficou famoso por ter sido o último reforço de Alex Ferguson, mas fez apenas quatro partidas.

Período difícil

Um dos méritos da primeira temporada de Erik ten Hag à frente do Manchester United foi falar a real depois de derrotas pesadas e ele não fingiu que o seu time não está em um momento difícil, sem pontos após duas rodadas da fase de grupos da Champions League e com seis derrotas em 10 partidas por todas as competições nesta temporada.

– A última temporada: brilhante, incrível, mais do que poderíamos esperar, mas também, quando entramos neste projeto, sabíamos que haveria lacunas e neste momento estamos em um período difícil, como todos podem ver. Mas vamos nos unir, estamos lutando juntos, um ao lado do outro. Eu, os diretores, o time, todos juntos e vamos lutar. Isso não somos nós. Sabemos que temos que fazer melhor e, juntos, isso vai acontecer – disse.

– Temos que fazer melhor, mas, como disse, eu vejo um time com grande espírito e também um time que foi apoiado pela torcida desde o começo e, no fim, os torcedores estão decepcionados, como nós estamos, mas isso tem que ser combustível – completou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo