Champions League

Uefa se rende a Vini Júnior

Entidade elegeu o brasileiro melhor jogador da Champions de 2023/24; senha para a Bola de Ouro e o Fifa The Best? Aguardemos

A Uefa se rendeu ao talento do brasileiro Vini Júnior. A entidade máxima do futebol europeu escolheu o atacante do Real Madrid como melhor jogador da Champions League na edição de 2023/24, que marcou a décima-quinta conquista dos merengues.

Em dez partidas disputadas, Vini fez seis gols e deu cinco passes para gol.

O inglês Jude Bellingham, de apenas 20 anos, foi escolhido o melhor jogador jovem desta edição da Champions. Bellingham também está bem cotado para as disputas dos prêmios Bola de Ouro e FIFA. Ele fechou a Champions com onze participações, quatro gols e cinco passes para gol.

Na disputa particular entre Vini e Bellingham o tempo parece contar a favor do brasileiro. O inglês começou a temporada voando, mas teve uma lesão que interrompeu este grande momento. Na reta de chegada, o brasileiro se impôs e foi decisivo a partir das etapas eliminatórias.

Até a escolha dos prêmios individuais mais cobiçados do futebol mundial teremos duas competições que podem mexer com a cabeça dos colégios eleitorais: Euro e Copa América. Neste ponto, Vini está em desvantagem. O peso técnico do torneio europeu é incomparavelmente maior. Uma participação destacada de Bellingham numa eventual vitória da Inglaterra pode ser determinante. Assim como de outra grande estrela europeia como Mbappé, o próprio Cristiano Ronaldo e o jogador mais importante da futura seleção campeã.

A Copa América é vista com certo desdém pelos europeus, e não há como negar que o futebol é um produto com forte viés europeu. Para Vini, um desempenho fenomenal nos Estados Unidos encaminharia as conquistas individuais. Mas uma performance morna pode pesar contra.

As votações da Bola de Ouro e o FIFA The Best são muito diferentes, embora já tenham sido um prêmio unificado entre 2010 e 2015.

A Bola de Ouro é entregue pelo grupo francês de mídia que publica o jornal “LÉquipe” é a revista “France Football”. O prêmio existe desde os anos 1950. Os organizadores montam uma lista prévia de 30 nomes e entregam para um colégio eleitoral de 180 jornalistas internacionais fazerem uma escolha de cinco nomes, em ordem de preferência. Cada posição tem uma pontuação por importância, e o mais votado é eleito. O representante brasileiro é o narrador Cléber Machado, do SBT.

O FIFA The Best trabalha com quatro colégios eleitorais diferentes. Há uma votação de torcedores, feita pela internet, uma de jornalistas e participam os treinadores e capitães de seleções nacionais masculinas e femininas afiliadas da FIFA. Cada grupo de eleitores escolhe três jogadores, classificando-os em ordem de preferência, do primeiro ao terceiro. A cada posição corresponde uma pontuação, e quem tiver mais pontos na soma será o eleito. O mesmo critério vale para a premiação feminina.

Desde 2007, quando Kaká foi eleito, um brasileiro não conquista um dos prêmios de melhor do mundo. No ano em que Kaká foi escolhido, ainda não existia o prêmio FIFA The Best, apenas a Bola de Ouro.

Foto de Mauricio Noriega

Mauricio Noriega

Colunista da Trivela
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