Champions League

Tudo desandou muito rápido para o Bayern contra um Real Madrid implacável

Arturo Vidal havia aberto o placar com uma cabeçada firme e teve a chance de enviar o Bayern de Munique para os vestiários da Allianz Arena com vantagem de 2 a 0 no placar do jogo de ida das quartas de final contra o Real Madrid. Bateu mal demais o pênalti, por cima – bem por cima – da trave de Keylor Navas. E aí, tudo começou a desandar muito rápido para os bávaros que tiveram Javi Martínez expulso e acabaram perdendo por 2 a 1, na segunda vez em toda a história da Copa dos Campeões ou da Champions League que os merengues conseguiram bater os gigantes da Alemanha em Munique.

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Mantendo-se em números, o Bayern de Munique havia vencido seus últimos 16 jogos de Champions League na Allianz Arena. E o primeiro tempo indicou que estenderiam essa sequência. Tiveram o domínio da partida, não correram muitos riscos e abriram o placar com uma cabeçada de Vidal, em cobrança de escanteio de Thiago. Apesar do controle, houve poucas chances. Com exceção do gol, acertaram apenas dois chutes no alvo contra Navas. Pesou o desfalque de Lewandowski, machucado, e a péssima noite do seu substituto Thomas Müller, que parecia estar física e mentalmente em outro universo.

Mesmo assim, o Bayern de Munique poderia ter terminado a primeira etapa vencendo por 2 a 0. Com uma ajudinha do árbitro, que assinalou pênalti em uma bola que bateu no ombro de Carvajal. Vidal é um excepcional cobrador, mas errou muito feio. Pegou embaixo da pelota e enviou direto para as arquibancadas da Allianz Arena.

O castigo não demorou nada para aparecer. Logo aos 2 minutos do segundo tempo, o mesmo Carvajal recebeu pela direita e cruzou para a marca do pênalti, onde estava Cristiano Ronaldo. Era supervisionado por três jogadores do Bayern de Munique, que assistiram ao 99º gol do português em competições europeias de uma posição privilegiada. De primeira, o craque enviou ao canto de Manuel Neuer.

O placar estava mais ao gosto de Zidane, mas ainda faltava igualar as ações e recuperar o meio-campo, totalmente dominado por Thiago. Entrou Asensio no lugar de Bale, e o Real Madrid melhorou. Ainda mais depois de Javi Martínez ser expulso, com dois cartões amarelos em um espaço de três minutos, por faltas inócuas no meio-campo. O Bayern ainda manteve-se mais ou menos dentro do jogo por alguns minutos, mas foi pouco a pouco sendo engolido pelo adversário com um homem a mais.

Começou a pressão do Real e o show de Neuer, que já havia espalmado espetacularmente um foguete de cabeça de Bale antes da expulsão. Executou mais duas intervenções à queima-roupa: um chute de Benzema, de dentro da área, e um tiro de Cristiano Ronaldo, novamente livre na marca do pênalti, que ele afastou no punho. Essa liberdade ao português, no entanto, eventualmente custaria mais caro. E custou: aos 32 minutos, Asensio achou o português antecipando-se a Bernat. A bola cruelmente passou por baixo das pernas de Neuer.

O Real Madrid quase deixou a classificação muito bem encaminhada com mais um gol de cabeça de Sergio Ramos, mas o zagueiro espanhol estava bastante impedido. De qualquer maneira, aproveitou um breve momento de fragilidade do Bayern de Munique para construir a sua vitória de maneira incontestável. Nem sempre o time de Zidane consegue jogar grandes partidas, mas, quando tem uma chance, costuma ser implacável.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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