Champions League

Schmeichel, o Intransponível, agigantou-se mais uma vez na Champions League

Peter Schmeichel foi um grande goleiro. Campeão europeu pelo Manchester United e pela Dinamarca. Por saber o quanto é difícil avançar nessas competições, deve estar ainda mais orgulhoso do seu filho. Kasper Schmeichel foi mais uma vez gigantesco debaixo das metas do Leicester, defendeu um pênalti crucial e contribuiu substancialmente para a classificação dos ingleses às quartas de final, com vitória por 2 a 0 sobre o Sevilla, no King Power Stadium.

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Não é de hoje que Schmeichel tem sido uma rocha por trás da defesa das Raposas. Já foi um dos melhores da campanha do título inglês e passou a fase de grupos sem ser vazado nenhuma vez, em quatro partidas. Sofreu seu primeiro gol na derrota para o Sevilla, na Espanha, mas fez defesas brilhantes e defendeu um pênalti. Nesta terça-feira, fez uma linda defesa em chute de Nasri, no comecinho da partida, e parou mais uma penalidade máxima, no segundo tempo, que provavelmente levaria a eliminatória para a prorrogação.

Seu trabalho foi facilitado pela noite pouco criativa do Sevilla, que teve 70% de posse de bola e conseguiu acertar apenas três chutes a gol. Mas, quando os espanhóis chegaram, Schmeichel cresceu. Logo aos 4 minutos, Nasri dominou dentro da área, passou pela marcação de Morgan e bateu, entre a trave e o goleiro dinamarquês, que espalmou com a mão esquerda e mandou para escanteio. Uma linda defesa.

O segundo tempo foi um pouco mais complicado. Escudero acertou um chutaço da intermediária que acertou o travessão, bateu no chão e se afastou, assustando Schmeichel. Mas o goleiro dinamarquês voltaria a trabalhar apenas aos 29 minutos, com um chute colocado de Joaquín Correa, o mesmo que havia perdido pênalti no jogo de ida. O goleirão do Leicester interveio sem problemas.

No entanto, aos 34, pouco depois de Nasri ser expulso, Schmeichel vacilou e redimiu-se em um curto intervalo de tempo, a montanha-russa que apenas o futebol pode proporcionar. Cometeu pênalti em Vitolo, ao sair do gol para abafar o chute, e levou cartão amarelo. N'Zonzi bateu – muito mal, diga-se -, e Schmeichel defendeu, na última oportunidade clara do Sevilla na partida.

Não foi um jogo tão brilhante quanto os que ele já conseguiu fazer, principalmente pelo volume ofensivo pequeno do Sevilla, mas sempre que o Leicester precisou do seu goleiro, Schmeichel agigantou-se e compareceu. Em 540 minutos de Champions League, foi vazado apenas duas vezes, em gols que, no fim, não significaram nada. Porque o Leicester segue vivo na competição europeia, e muito desse sucesso dever ser creditado a Schmeichel.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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