Champions League

Primeiro 100% na Champions, Bayern de Hansi Flick entra para a história com números espetaculares

Ganhar a Champions League é o objetivo de todos os grandes clubes, mas o Bayern o fez de forma categórica. Com 100% de aproveitamento em uma temporada atípica, foram 11 jogos disputados e 11 vitórias. Não foi preciso nem prorrogação. Uma conquista que consagra o que o técnico Hansi Flick, que termina a sua primeira temporada como técnico efetivo de forma espetacular. E olha que a sua chegada ao time do Bayern já é uma baita história, como contamos aqui.

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É a primeira vez que um clube conquista a Champions League com 100% de aproveitamento desde que o torneio foi reformulado, em 1992, e passou a ter fase de grupos. Superou, assim, uma marca histórica, como ressaltamos neste texto. E este é só um dos pontos que o Bayern superou.

Com Hansi Flick, o Bayern completou 36 jogos na temporada 2019/10 com a vitória na final, com 33 vitórias, um empate e duas derrotas. Foram 116 gols marcados e 26 gols sofridos no período. O técnico estreou justamente na Champions League, no dia 6 de novembro, em uma vitória tranquila do Bayern sobre o Olympiacos. Contando só os jogos no torneio europeu, foram oito jogos, com 30 gols marcados e só quatro gols sofridos.

Na final, diante do PSG, manteve 62% de posse de bola, com 12 finalizações, mas com só duas no gol. Embora tenha feito um bom jogo, não teve a eficiência no ataque que se viu em outros jogos, mas ainda foi melhor do que o PSG, também pelo plano de jogo. Diante de um adversário forte e que tinha a velocidade como arma, conseguiu equilibrar esses pontos. Em termos de embalo, ninguém supera o Bayern: o time venceu os seus 21 últimos jogos na temporada.

Assim como em toda essa trajetória com Flick no comando, o time saiu de campo sem sofrer gols. A média de gols sofridos com Flick é de 0,72 por partida, o que dá a medida da eficiência defensiva. Mais do que os méritos individuais, que existem, há um mérito coletivo muito grande. Até porque a média de gols marcados foi muito alta: 3,2 por partida, o que significa que sofrer só um gol do Bayern já é um mérito.

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O que se viu do Bayern foi um time avassalador em vários aspectos. Ofensivamente, O time tem muitas variações, mesmo que o esquema tático do time seja sempre o 4-2-3-1. O esquema tático, em termos teóricos, é sempre o mesmo, mas na prática, o time varia muito. Foi o que se viu em campo contra o PSG, com Joshua Kimmich, por exemplo, saindo da lateral para o meio-campo, ou mesmo abrindo pelo lado do campo encostando no ponta, Gnabry, ou Ivan Perisic no fim do jogo.

Sob o comando de Flick, Robert Lewandowski marcou 35 gols e 11 assistências em 31 jogos, com Serge Gnabry em segundo na lista, com 16 gols e nove assistências em 32 jogos. Quem mais chama a atenção é Thomas Müller: 12 gols e 20 assistências em 35 jogos. Se tornou um jogador de confiança do treinador em campo, sendo fundamental no funcionamento ofensivo do time com sua movimentação e também nas assistências, como os números mostram. Kimmich também: foram 12 assistências do jogador, que atuou tanto na lateral quanto no meio-campo, além de ter marcado seis gols.

Os números do Bayern são avassaladores, mas não é só isso: o futebol do time também foi avassalador. Por isso, o título acaba em boas mãos. É um time que mostrou futebol do mais alto nível, um jogo coletivo avançado, o que é difícil de conseguir e Flick conseguiu colocar em prática rapidamente.

Todo título entra para a história, ainda mais com números tão impressionantes e, mais do que isso, um futebol que foi de muita qualidade. Mais do que vencer, o time venceu com estilo. E se falamos de títulos, uma tríplice coroa dá ainda mais destaque ao título. Porque uma tríplice coroa é rara, mas duas era algo que só um clube tinha até aqui: o Barcelona, em 2008/09 e 2014/15. Agora, o Barcelona ganhou uma companhia: o Bayern também conquistou a sua segunda tríplice coroa, depois de 2012/13 com esta em 2019/20.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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